ALRN pede esclarecimentos à Secretaria de Educação após denúncia de que 3,2 mil professores estariam sem local de trabalho definido

Sala de aula da Escola Estadual Padre Bernardino Fernandes, em Marcelino Vieira, no RN — Foto: João Vital
Sala de aula da Escola Estadual Padre Bernardino Fernandes, em Marcelino Vieira, no RN — Foto: João VitalALRN discute funcionários fantasmas na Secretaria de Educação

Por g1 RN — Um requerimento encaminhado pela Comissão de Finanças e Fiscalização da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) nesta quarta-feira (20) pede esclarecimentos, em até cinco dias, à Secretaria de Educação, da Cultura, do Esporte e Lazer do RN (Seec) sobrea deúncia de que 3.207 professores da rede estadual estariam sem locais de trabalhos definidos.

O requerimento foi feito pelo deputado Luiz Eduardo (Solidariedade), após uma denúncia do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do RN (Sinsp-RN), e aprovado pela Comissão.

O g1 e Inter TV Cabugi entraram em contato com a Secretaria de Educação do RN, mas não tiveram respostas até a atualização mais recente desta reportagem.

?Participe do canal do g1 RN no WhatsApp e receba no seu celular as notícias do estado

“Responsavelmente eu fiz um requerimento hoje [quarta] para a Secretaria [de Educação] e, no prazo de 5 dias, nós temos uma resposta pra que a gente possa seguir com a investigação e checar se, de fato, essas acusações tem veracidade, e se, de fato, estão acontecendo”, disse o deputado Luiz Eduardo, que falou sobre o tema também no seu pronunciamento no plenário nesta quarta.

O documento enviado pelo Sinsp ao parlamentar traz dados do Portal da Transparência de novembro de 2023.

Num trecho, o documento cita que “o estado deve explicações dos motivos que levam 3.207 professores a não ter local de trabalho definido na Secretaria de Educação”.

Segundo o ofício, o Sinsp realizou consultas no Portal da Transparência, por amostragem, “e todos os pesquisados recebiam seus salários normalmente, apesar de não haver definição dos seus locais de trabalho”.

O Sinsp cita ainda uma “política” de retirar professores das escolas e colocá-los em vagas “para quais não prestaram concurso para executar”, o que geraria necessidade de certames para professores temporários.