Senado acolhe votos de pesar pelas mortes de Pastore e Navalny

À bancada, em pronunciamento, senador Sergio Moro (União-PR).
Autor dos votos de pesar, Moro ressaltou a história do economista brasileiro e do ativista russo Jefferson Rudy/Agência Senado

Por Agência SenadoNa abertura da sessão plenária desta quarta-feira (21), o Senado Federal acolheu votos de pesar pelas mortes do economista Affonso Celso Pastore e de Alexei Navalny, opositor do presidente Russo Vladimir Putin. Os votos de pesar foram de iniciativa do senador Sergio Moro (União-PR) e seguem para publicação.

Pastore foi presidente do Banco Central (BC) nos anos 1980, além de ter feito carreira como professor da Universidade de São Paulo. Ele morreu nesta quarta-feira (21), em São Paulo, aos 84 anos. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein desde o final de semana, com problemas vasculares em uma das pernas.

— Tive a oportunidade de conhecê-lo e de receber seus conselhos, inclusive, o que muito me honrou. Todos nós, e creio que toda a comunidade, especialmente os economistas, aqueles que se importam com o pensamento econômico rigoroso no Brasil, sério e sem transigência com algo que muitas vezes é um caminho fácil — ele era um entusiasta das grandes reformas —, todos nós estamos entristecidos — disse Moro.

A morte de Navalny foi confirmada na última sexta-feira (16). Ele teria morrido em uma prisão onde cumpria pena há cerca de três anos.

Ele foi um grande combatente pela liberdade e pela democracia na Rússia. Infelizmente, chegou a ser envenenado em um episódio bastante obscuro, mas em que também há uma fundada suspeita de ser uma retaliação política. Ao retornar à Rússia, mesmo depois desse envenenamento, correndo risco da sua vida, ele foi preso e submetido a prisões extremamente controvertidas, na verdade, prisões arbitrárias. E, na semana passada, infelizmente o mundo foi surpreendido com a notícia da morte dele em uma prisão russa, episódio que não foi esclarecido — apontou o senador.