Hamas propõe acordo e insiste na retirada das tropas israelenses

Israel 20/01/2024
Um soldado israelense caminha sobre uma unidade móvel de artilharia, em meio ao conflito em curso entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas, perto da fronteira Israel-Gaza, no sul de Israel. REUTERS/Tyrone Siu
© REUTERS/TYRONE SIU

Por Agência Brasil — O grupo islâmico Hamas propôs um acordo de trégua em três fases, que incluiria a libertação dos reféns raptados em 7 de outubro e a retirada total das tropas israelenses da Faixa de Gaza, informou nesta quarta-feira (7) a imprensa internacional.

De acordo com a agência de notícias EFE, as três fases teriam duração de 45 dias cada.

Na primeira, os reféns “mulheres e crianças [menores de 19 anos, não militares], idosos e doentes, seriam libertados em troca de um número específico de prisioneiros palestinos”, segundo o plano do Hamas, entregue na noite dessa terça-feira (6) aos mediadores do Catar e do Egito e divulgado na madrugada na rede social Telegram.

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou que recebeu a contraproposta do Hamas ao seu plano de trégua transmitido pelo Catar, principal mediador do conflito, e está avaliando. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que a contraproposta do grupo palestino é “um pouco exagerada”, sem dar detalhes do seu conteúdo.

Na primeira fase das três propostas, o Hamas também exigiu a retirada das forças aéreas israelenses das zonas povoadas da Faixa de Gaza, a entrada de mais ajuda humanitária e o início da reconstrução de hospitais e casas, juntamente com a criação de acampamentos temporários.

Segundo o texto, seriam estabelecidas “conversações indiretas” com Israel para acabar com a guerra e “regressar à paz completa”, uma exigência que até agora Israel sempre negou.

Na segunda fase, todos os homens raptados seriam libertados em troca de um número ainda a ser determinado de prisioneiros palestinos e haveria a retirada completa do Exército israelense do enclave.

Na terceira fase, os corpos dos reféns mortos, pelo menos 27, e de outros prisioneiros seriam trocados entre as partes.

Na noite dessa terça-feira, os islamitas do Hamas anunciaram que tinham respondido à proposta “com espírito positivo”, mas os detalhes dos pontos em negociação não tinham sido ainda revelados.

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