Imóveis, lanchas e outros bens pessoais de Eike Batista devem ser usados para pagar dividas

6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou um recurso da companhia nesta semana, que buscava reverter a decisão que determinou a falência da empresa. — Foto: Reprodução

Por Laura Marques, CBN — Eike Batista e o filho, Thor Batista, devem ter que usar bens pessoais para ressarcir credores, após a falência da empresa MMX Sudeste Mineração.

Isso porque a 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou um recurso da companhia nesta semana, que buscava reverter a decisão que determinou a falência da empresa. A juíza responsável pelo caso, Cláudia Batista, avaliou que a companhia descumpriu termos previstos no plano de recuperação judicial, iniciado em 2014.

Cabe recurso.

Agora, imóveis, lanchas, relógios, um fundo de investimentos e direitos minerários de Eike e Thor Batista podem entrar no ressarcimento. O pagamento aos credores, inclusive com esses itens, deve começar ainda em 2021, segundo Bernardo Bicalho, o administrador judicial da MMX.

Os bens pessoais dos dois devem ser usados porque ambos tiveram a personalidade jurídica desconsiderada neste processo.

O fundo de investimentos de Eike Batista que deve entrar como forma de pagamento de credores soma US$ 150 milhões, de acordo com a Abradin, Associação Brasileira de Investidores. A entidade descobriu o dinheiro recentemente. O fundo estava escondido sob vários veículos de investimento e agora é disputado pelos vários credores de Eike Batista.

A reportagem tenta contato com os advogados da MMX Sudeste Mineração para um posicionamento sobre o assunto.