Por G1 RN — A Polícia Federal cumpriu na manhã desta segunda-feira (9) um mandado de busca e apreensão em uma residência num condomínio de luxo no município de Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal.
O mandado foi cumprido em uma operação da PF contra um grupo suspeito de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Ao todo, a operação aconteceu em sete estados.
Segundo a Polícia Federal do RN, além do mandado em Parnamrim, houve ainda o cumprimento de um mandado de busca e apreensão e outro de prisão em Natal.
A operação foi desencadeada na manhã desta segunda-feira em Pernambuco. Segundo as investigações, os suspeitos remetiam drogas em contêineres através de portos do país para a Europa. Quatro pessoas foram alvo de prisão preventiva.
Operação Símios
Ao todo, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão na Operação Símios, que aconteceu em sete estados.
Além de Natal e Parnamirim, a operação aconteceu nas cidades de: Recife (PE), Jaboatão dos Guararapes (PE), Bonito (PE), Petrolina (PE), Teresina (PI), São Paulo (SP), Sumaré (SP), Cuiabá (MT), Juazeiro do Norte (CE), Barbalha (CE) e Fortaleza (CE).
Foram presos suspeitos em Teresina e no Ceará, além de um mandado que foi expedido para um homem que já está preso no presídio federal de Goiânia.
Segundo a PF, as investigações começaram com a apreensão de 808,2 quilos de cocaína escondidos em uma carga de bananas, no Porto de Suape, no Grande Recife, em junho de 2019. De acordo com a Receita Federal, responsável pelo flagrante, o material seguiria para a Bélgica.
A ação foi desencadeada em conjunto com outra no Pará, que também teve a investigação iniciada após a apreensão de cocaína em um contêiner em 2019. Na época, foi 1,5 tonelada envolta em argamassa.
Tráfico internacional
A organização criminosa tinha como especialidade o transporte e armazenamento de cocaína em grandes quantidades em território nacional, para depois ocultar em cargas exportadas via portos brasileiros para a Europa em contêineres, afirmou a Polícia Federal.
Os integrantes do grupo criminoso ficavam espalhados pelo Nordeste do país, com atuação também no Norte e ligação com “lavadores” de dinheiro na região Sudeste e Centro-Oeste, segundo a PF. Os chefes do esquema seriam dois irmãos do Sertão do Cariri.
Os investigadores explicaram que os criminosos começaram com roubo e furto de cargas e, por isso, já tinham sido alvo da Operação Piratas do Sertão, deflagrada pela Polícia Federal em 2010 nos estados de Rio Grande do Norte e Paraíba.
A investigação contou com apoio da Receita Federal. A PF afirmou que 15 pessoas já foram indiciadas pelos crimes de tráfico e financiamento ao tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.