Por G1 PE — A Polícia Civil informou, nesta quarta-feira (26), que subiu para 64 o número de boletins de ocorrências com denúncias de “agulhadas” durante o Carnaval, em Pernambuco. Até segunda-feira (24), tinham sido registradas 43 ocorrências deste tipo.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) disse, nesta quarta, que notificou 142 casos de pessoas que alegaram ter sido furadas por agulhas, entre os dias 15 e 25 de fevereiro, no Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Igarassu, na Região Metropolitana, e Orobó, no Agreste.
Em 2019, cerca de 300 pessoas prestaram queixa no estado sobre esse tipo de ocorrência e não houve relatos de contaminação.
Segundo a Polícia Civil, neste ano, houve dez denúncias no sábado (22), 15 no domingo (23), 18 na segunda-feira (24) e 21 na terça-feira (25).
Os boletins de ocorrência foram registradas no posto de atendimento 24 horas, instalado pela Polícia Civil no Hospital Correia Picanço, na Zona Norte do Recife, referência no atendimento a doenças infecto-contagiosas.
Parte dos denunciantes não soube informar com precisão as circunstâncias e o momento em que foram tocadas pelo objeto pontiagudo.
Dos 142 casos registrados pela SES, entre os dias 15 e 25 de fevereiro, 81 eram mulheres e 61, homens. Essas pessoas foram submetidas a triagem no Hospital Correia Picanço, e 111 delas realizaram a profilaxia pós-exposição (PeP) para prevenir a infecção pelo HIV e outras infecções.
Entre os demais casos, alguns se recusaram a fazer o teste rápido e consequentemente o tratamento, e outros já haviam passado da janela de 72 horas preconizadas para início da medicação.
Segundo a SES, todos foram liberados com orientação de retorno após 30 dias. Eles também foram orientados a procurar a Polícia Civil para iniciar e acompanhar a investigação das ocorrências.
Saiba o que fazer
• Exposição cutânea: lavar imediatamente o local com água e sabão.
• Exposição de mucosa: lavar imediatamente e de maneira exaustiva o local com soro fisiológico.
• Não é necessário ampliar o ferimento nem espremer o local, nem é recomendada a utilização de substâncias cáusticas,
pois essas medidas apenas ampliam a área de exposição, sem demonstração de utilidade profilática.
• Realizar curativo conforme necessário.
• Encaminhar para o Hospital Correia Picanço para medidas de prevenção.