Por g1 PB — A Casa de Acolhida Nossa Senhora de Lourdes, localizada em Campina Grande, funciona como um refúgio para quem enfrenta momentos difíceis, como o tratamento contra o câncer longe de casa. Criada em 2021, durante a pandemia de Covid-19, a instituição foi idealizada pelo padre Sérgio Leite, que acompanhava o sofrimento de pacientes sem condições financeiras de se manter na cidade enquanto se tratavam.
Com o apoio de doações e de um grupo de voluntários, a entidade foi erguida para receber, gratuitamente, pacientes oncológicos e acompanhantes de outras cidades para realizar tratamentos em Campina Grande, especialmente nos Hospitais da FAP e Help.
Pacientes com câncer que chegam do interior da Paraíba encontram na Casa Nossa Senhora de Lourdes um lar temporário. O local oferece hospedagem, alimentação e apoio emocional sem nenhum custo.
“A casa de acolhida é uma extensão do lar de cada um que chega aqui. Imagine uma pessoa que sai à meia-noite de sua cidade, chega a Campina Grande, faz uma sessão de quimioterapia e precisa voltar no mesmo dia, sem alimentação adequada, sem cuidados, comprometendo seu tratamento. A casa de acolhida nasce como um verdadeiro oásis para aqueles que atravessam esse deserto de sofrimento”, explicou o padre Sérgio sobre a importância do espaço para os pacientes.
João Bosco Bezerra é um dos acolhidos e já passou por nove sessões de quimioterapia. Ele compartilha a própria experiência vivida no local.
“Fui tão bem acolhido que, quando chego de madrugada e aperto a campainha, os vigias já abrem a porta e me colocam para dentro, contou”.
Já dona Maria José de Oliveira Melo, paciente em tratamento contra um câncer de mama, recebe principalmente conforto espiritual na instituição.
Hoje, a casa tem capacidade para 85 leitos e acolhe pacientes e acompanhantes. Além de oferecer hospedagem, ela proporciona conforto e estrutura para quem enfrenta essa batalha contra o câncer. São serviços oferecidos no local:
Mesmo com toda essa estrutura, a casa sobrevive apenas de doações e enfrenta dificuldades financeiras para manter os serviços que oferece. O número de pacientes acolhidos poderia ser maior, mas muitas pessoas que precisam desse apoio desconhecem a existência do local.
Segundo o padre Sérgio Leite, ainda é preciso doações para manter a instituição funcionando: “ Nos ajude a manter esse espaço e a acolher tantas outras pessoas, através de doações, seja em valores, pois precisamos pagar os funcionários e comprar o que é necessário, ou mesmo doando roupas, que são vendidas em nossa loja por um valor simbólico. Ao mesmo tempo, o que chega contribui e transforma essa partilha”, disse.