Quem são os 2 foragidos de presídio de Mossoró que foram recapturados

Fugitivos de presídio federal em Mossoró, em imagem após a recaptura — Foto: Reprodução
Fugitivos de presídio federal em Mossoró, em imagem após a recaptura — Foto: ReproduçãoPolícia Federal recaptura os dois foragidos da penitenciária federal de MossoróFugitivos da penitenciária de Mossoró (RN) são presos no ParáMapa da Penitenciária Federal de Mossoró. — Foto: Arte g1Penitenciária Federal de Mossoró — Foto: Senappen/Divulgação

Por g1 RN — Os dois presos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, na Região Oeste do Rio Grande do Norte, foram recapturados nesta quinta-feira (4). Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, também conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”, foram presos pela Polícia Federal em Marabá, no Pará – a mais de 1.600 quilômetros de distância de Mossoró.

Investigadores informaram à TV Globo que a dupla deve ser devolvida a Mossoró – e que essa transferência seria uma “questão de honra” para o Ministério da Justiça, que coordena o sistema penitenciário federal.

Juntos, os dois têm mais de 80 processos judiciais no Tribunal de Justiça do Acre – estado de onde saíram transferidos para o Rio Grande do Norte – e somam 155 anos em condenações, de acordo com o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC).

Os foragidos que foram recapturados são ligados ao Comando Vermelho, de acordo com o Ministério da Justiça. A facção é a de Fernandinho Beira-Mar, que também está preso na unidade federal de Mossoró.

A dupla foi transferida para o presídio federal de Mossoró em 27 de setembro do ano passado após se envolver em uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco. A rebelião resultou na morte de cinco detentos, três deles decapitados.

Rogério da Silva Mendonça responde a mais de 50 processos, entre os quais constam os crimes de homicídio e roubo. Ele é condenado a 74 anos de prisão, somadas as penas.

Já Deibson Cabral Nascimento tem o nome ligado a mais de 30 processos e responde por crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e roubo. Ele tem 81 anos de prisão em condenações.

Antes de chegarem ao presídio de Mossoró, os dois também passaram pela Penitenciária Federal de Catanduvas (PR) e pelo sistema prisional do Acre.

A penitenciária federal de Mossoró está em reforma, e a Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça (Senappen) desconfia que as obras podem ter favorecido a fuga de dois presos

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A fuga no presídio de Mossoró foi a primeira registrada nos presídios federais do país. No site da Senappen consta que “desde a sua criação, o Sistema Penitenciário Federal (SPF) é referência de disciplina e procedimento, uma vez que nunca houve fuga, rebelião nem entrada de materiais ilícitos nas unidades penitenciárias, aplicando-se fielmente a Lei de Execuções Penais (LEP)”.

O sistema foi criado com o objetivo de combater o crime organizado, isolar lideranças criminosos e os presos de alta periculosidade, de acordo com o Ministério da Justiça.

Além de Mossoró, o sistema federal tem presídios em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF), que recebem presos de alta periculosidade.

O sistema penitenciário federal foi criado em 2006 com objetivo de combater o crime organizado, isolar lideranças criminosas e os presos de alta periculosidade.

Para ser transferido para um presídio federal, o detento precisa se enquadrar em alguns pré-requisitos como: ter função de liderança ou participado de forma relevante em organização criminosa; ser membro de quadrilha ou bando, envolvido na prática reiterada de crimes com violência ou grave ameaça.

Os presos são incluídos no sistema penitenciário federal por de três anos, mas o prazo pode ser prorrogado quantas vezes forem necessárias.

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