Facção criminosa deu ordens e coordenadas para auxiliar fugitivos de Mossoró a não serem recapturados

Fugitivos de Mossoró são recapturados — Foto: Divulgação/PF
Vídeo mostra o momento da prisão dos fugitivos de presídio de MossoróFugitivos de Mossoró são recapturados — Foto: Divulgação/PF

Por g1 RN — O Comando Vermelho orientou, do Complexo do Morro do Alemão, no Rio de Janeiro, o apoio para a fuga dos dois detentos do presídio de Mossoró, recapturados nesta quinta-feira (4), de acordo com setores de inteligência da força-tarefa que realizava as buscas. A facção deu ordens e coordenadas para auxiliar os fugitivos.

Os setores de Inteligência identificaram que chefes do CV determinaram para os subordinados diretos nas regiões Nordeste e Norte que dessem todo suporte para que a Rogério Mendonça da Silva e Deibson Cabral Nascimento não fossem presos.

Os dois foram recapturados após 50 dias de fuga em Marabá, no Sudeste do Pará, fica a mais de 1,6 mil quilômetros de distância de Mossoró. A operação envolveu o monitoramento de três veículos que, segundo as investigações, davam cobertura à fuga – ao todo, seis pessoas foram presas nos três carros. Um dos foragidos foi capturado pela PF, e outro, pela PRF.

Por meio de interceptações telefônicas e informantes, as investigações constataram que a intenção da facção criminosa era passar o seguinte recado para seus integrantes: quem está com a gente, jamais será abandonado.

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“A facção do Rio demonstrou neste tempo todo que não mede esforços para proteger os seus”, diz uma fonte. “Tanto que os dois fugitivos tinham celulares, dinheiro, arma, carro, escolta de comparsas e rota de fuga para sumir por um bom tempo.”

De acordo com fontes que participaram das investigações, o plano era levar a dupla de fugitivos para lugares de difícil acesso.

Do Pará, eles seriam levados muito possivelmente para o Amazonas. E de lá até mesmo para a Bolívia, disse outra fonte do caso. Eles ficariam fora do país até que a poeira baixasse e pudessem voltar para missões criminosas do tráfico. Ou seja, voltariam a cometer crimes.

Assim como o CV, as principais facções brasileiras do tráfico de drogas têm cada vez mais sociedade e conexão com quadrilhas e cartéis produtores de cocaína e maconha nos países vizinhos. Uma organização criminosa dá suporte para a outra.