Morre o primeiro negro a receber Oscar de melhor ator coadjuvante

FOTO DE ARQUIVO: Ator Louis Gossett Jr. chega ao 5th Annual Critics' Choice Television Awards em Beverly Hills, Califórnia, em 31 de maio de 2015. REUTERS/Danny Moloshok
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Por Agência Brasil — Louis Gossett Jr., o primeiro ator negro a conquistar um Oscar de Melhor Ator Coadjuvante e um Emmy de Melhor Ator, morreu na quinta-feira (28), aos 87 anos, disse nesta sexta-feira (29) um familiar à agência Associated Press.

Neal L. Gossett, primo do ator, disse à agência norte-americana de notícias que Gossett Jr. morreu na quinta-feira à noite em Santa Monica, Califórnia.

Louis Gossett Jr. obteve o Oscar de Melhor Ator Secundário pelo desempenho do autoritário sargento Emil Foley, em “Oficial e Cavalheiro”, de Taylor Hackford, em 1982, quatro anos depois do Emmy, pela interpretação de Fiddler, na série “Raízes”, uma das primeiras grandes produções televisivas a abordar diretamente os crimes do racismo e da escravidão.

Gossett recebeu mais seis nomeações para os Emmy ao longo dos anos, incluindo pela interpretação do Presidente egípcio que negociou a paz com Israel após a Guerra dos Seis Dias, na produção televisiva “Sadat”, de 1983, que mais tarde o ator considerou um dos seus desempenhos preferidos.

A revista Variety recorda hoje atuações de Louis Gossett Jr. em produções televisivas como “The Sentry Collection Presents Ben Vereen: His Roots”, “Backstairs at the White House”, “Palmerstown, U.S.A.”, “A Gathering of Old Men” e “Touched by an Angel”, assim como a sua participação em “Boardwalk Empire” e “The Book of Negroes”, dois dos seus trabalhos mais recentes.

No ano passado foi o patriarca do ‘remake’ de “A Cor Púrpura”.

Em declarações à AP, Neal L. Gossett recorda, no seu primo, “um grande contador de anedotas” e também um homem que admirava Nelson Mandela e que enfrentou e combateu o racismo “com dignidade e humor”.

“Não importam os prêmios, não importa o brilho e o glamour, os Rolls-Royces e as grandes casas em Malibu. O que importa é a humanidade das pessoas que ele defendia”, disse Neal L. Gossett.

 

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