Mapa Nacional da Violência de Gênero será apresentado na ONU

Mesa:
coordenadora-geral de Garantia de Direitos e Acesso à Justiça do Ministério das Mulheres, Sandra Bazzo;
coordenador do Instituto DataSenado, Marcos Ruben de Oliveira;
presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS);
chefe do Serviço de Pesquisa e Análise do DataSenado, Isabela de Souza Lima Campos;
coordenadora-geral de Promoção dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDH), Dayana Brunetto.
Pedro França/Agência Senado

Por Agência Senado — O Mapa Nacional da Violência de Gênero chamou a atenção da ONU como exemplo de parceria público-privada e de boas práticas. A iniciativa é uma parceria doo Observatório da Mulher contra a Violência (OMV) do Senado Federal, do Instituto Avon e da organização Gênero e Números, de jornalismo de dados. A plataforma reúne dados públicos oficiais sobre violência contra as mulheres.

Neste março, Mês da Mulher, o Senado vai apresentar o projeto na Comission on the Status of Women (CSW), que ocorre entre os dias 11 a 22, com a participação de diversos países.

— Esse é o maior evento mundial que trata de direitos das mulheres. A combinação dos dados administrativos com os dados da pesquisa sobre mulheres é o grande diferencial do Mapa. Isso o torna abrangente o suficiente para ser uma importante ferramenta norteadora de políticas públicas — explica Maria Teresa Prado, a Maitê, coordenadora do OMV, que irá representar o Senado na ONU.

O Mapa Nacional da Violência de Gênero é uma plataforma pública e unificada de dados e indicadores sobre violência contra as mulheres no Brasil. Os números estão disponibilizados em gráficos amigáveis e acessíveis com séries históricas, recortes regionais e étnico-raciais. No site, o usuário consegue filtrar as informações e fazer análises comparativas. A ferramenta já tinha boa aceitação no meio acadêmico e agora vem ganhando maior alcance.

Diferenciais

A plataforma reúne em um só local dados das bases de Saúde (DataSUS), de Justiça (CNJ-DataJudi), de Segurança Pública (Sinesp) e da maior pesquisa de opinião sobre o tema (DataSenado). Enquanto os dados governamentais são de atendimentos realizados a mulheres que pediram ajuda, os do Senado vêm de da pesquisa sobre a percepção de violência.

A Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher realizada em setembro de 2023 pelo DataSenado, por exemplo, teve como população-alvo mulheres com 16 anos ou mais residentes no Brasil. As participantes foram selecionadas por meio de amostragem aleatória estratificada, composta por 21.787 entrevistadas.