Proposta muda regulamentação da gestão dos acervos presidenciais

Tabata Amaral discursa na tribuna do Plenário
Tabata Amaral, autora do projeto - Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Por Câmara dos Deputados — O Projeto de Lei 6228/23 muda a gestão e o destino do acervo reunido pelos presidentes da República (documentos e presentes) para, entre outros pontos, proteger os documentos desde a diplomação do presidente eleito. A proposta, em tramitação na Câmara dos Deputados, é da deputada Tabata Amaral (PSB-SP) e busca tornar mais claras as regras de disponibilização pública.

O texto também inclui o acervo dos vice-presidentes da República nas mesmas regras. O projeto será analisado em caráter conclusivo nas comissões de Administração e Serviço Público; Cultura; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Mitigação de riscos
Tabata Amaral afirma que a proposta busca garantir a preservação do patrimônio histórico e cultural e mitigar os riscos de enriquecimento sem causa de autoridades.

“A história tem demonstrado uma série de problemas relatados pela imprensa quanto ao acervo dos ex-presidentes, sobretudo durante períodos de transição de mandatários”, disse Amaral.

“O projeto tenta resolver tais problemas, dificultando o enriquecimento sem causa de autoridades públicas”, declarou. O texto, segundo a deputada, atende as decisões do Tribunal de Contas da União (TCU).

Regras básicas
O texto prevê as seguintes medidas:

O projeto mantém a regra que permite ao presidente vender documento privado, desde que o Estado tenha preferência na compra. Mas inclui um dispositivo que garante à União expropriar o bem vendido sem a sua manifestação expressa prévia.

Transparência
Em relação à publicidade do acervo presidencial, a proposta prevê o seguinte:

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Reportagem – Janary Júnior
Edição – Rodrigo Bittar