Homem flagrado com ‘câmera menor que botão’ em prova do Detran tinha reprovado 3 vezes e pagou R$ 1 mil por esquema

Microcâmera estava presa à camisa do candidato, próximo ao botão. — Foto: Cedida
Microcâmera estava presa à camisa do candidato, próximo ao botão. — Foto: CedidaCandidato foi encontrado com microcâmera presa à camisa, ponto eletrônico e um modem de internet, que estava preso ao tórax com uma cinta bege. — Foto: Cedida

Por g1 RN — O candidato que foi preso após ser flagrado com uma microcâmera e um ponto eletrônico durante a prova teórica do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran-RN), em Natal, já havia reprovado três vezes no exame, segundo informou o delegado Franklin Albuquerque, plantonista que atendeu o caso na segunda-feira (22).

Ainda de acordo com o delegado, o homem teria pago R$ 1 mil pelo esquema fraudulento. Ele não informou à polícia quem seriam os responsáveis pelos equipamentos.

A investigação do caso deve ser feita pela 10ª Delegacia de Polícia Civil.

O candidato foi flagrado na última segunda-feira (22) com uma microcâmera “menor que um botão” na camisa; um ponto eletrônico “menor que um caroço de feijão”; e um modem de internet preso ao tórax. Ele fazia a prova na Central do Cidadão da Zona Sul.

Para ser aprovado no exame teórico de habilitação, é preciso acertar pelo menos 21 das 30 questões, que conta com assuntos como legislação de trânsito e manutenção veicular.

A Coordenadoria de Habilitação do Detran informou que já estava monitorando candidatos que reprovavam no teste teórico e depois eram aprovados. Alguns chegavam a passar na prova com até 100% de acerto.

“Verificamos que um candidato nesse perfil havia agendado e ficamos em observação. Foi o Detran que monitorou, identificou o candidato, acionou a Polícia Civil e Militar para fazer o flagrante. Foi passado o detector de metais e feita uma revista, na qual foram encontrados os materiais”, informou o órgão.

O candidato foi conduzido para a Central de Flagrantes, foi preso, passou pela audiência de custódia e deve responder pelo crime na Justiça.