Houthis prometem manter ataques no Mar Vermelho após ofensiva dos EUA

Brasília (DF) 12/01/2024 - EUA e aliados atacam houthis e dizem que querem desanuviar tensões
Objetivo, segundo eles, é retomar estabilidade no Mar Vermelho
Frame Reuters/UK MINISTRY OF DEFENCE
© Frame Reuters/UK MINISTRY OF DEFENCE

Por Agência Brasil — O negociador-chefe dos houthis, do Iêmen, disse nesta segunda-feira (15) que a posição do grupo não mudou desde os ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos (EUA) contra suas posições. Alertou que os ataques a navios com destino a Israel continuarão.

Na semana passada, aviões de guerra, navios e submarinos dos EUA e do Reino Unido lançaram dezenas de ataques aéreos no Iêmen. Foi em retaliação aos ataques dos houthis contra navios no Mar Vermelho, os quais o movimento alinhado ao Irã considerou uma resposta à ofensiva de Israel em Gaza.

“Os ataques para deter os navios israelenses ou aqueles que se dirigem aos portos da Palestina ocupada continuarão”, disse Mohammed Abdulsalam à Reuters.

Ele afirmou que o grupo ainda está exigindo o fim da guerra em Gaza e a entrega de ajuda humanitária ao Norte e ao Sul do território.

“Não queremos uma escalada nos mares Vermelho e Arábico”, disse Abdulsalam. Foram os Estados Unidos e o Reino Unido que estavam militarizando o Mar Vermelho com seus navios de guerra, acrescentou.

“Nossa comunicação continua a esclarecer nossa posição e a confirmar que todos os navios comerciais nos mares Vermelho e Arábico estão seguros, com exceção dos navios israelenses ou daqueles que se dirigem a Israel, apenas e tão somente”, afirmou.

Israel tem negado regularmente ter vínculos com embarcações que foram atacadas no Mar Vermelho, e várias linhas de navegação internacionais interromperam as entregas ou mudaram para rotas mais longas e caras.

“Nossa posição vem de princípios religiosos, morais e humanitários, bem como em resposta aos apelos do povo da Palestina para apoiar os oprimidos na Faixa de Gaza”, afirmou Abdulsalam.

O movimento houthi controla grande parte do Iêmen, após quase uma década de guerra contra uma coalizão apoiada pelos EUA e liderada pela Arábia Saudita.

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