Terremoto atinge o Japão e moradores fogem de áreas costeiras

Road cracks caused by an earthquake is seen in Wajima, Ishikawa prefecture, Japan January 1, 2024, in this photo released by Kyodo. Mandatory credit Kyodo via REUTERS ATTENTION EDITORS - THIS IMAGE WAS PROVIDED BY A THIRD PARTY. MANDATORY CREDIT. JAPAN OUT. NO COMMERCIAL OR EDITORIAL SALES IN JAPAN
© REUTERS/KYODO

Por Agência Brasil — Um poderoso terremoto de magnitude preliminar 7,6 atingiu o Japão nesta segunda-feira (1º). O tremor provocou ondas de cerca de 1 metro ao longo de partes da costa do Mar do Japão, com uma onda maior esperada, segundo a TV pública japonesa NHK.

O terremoto desencadeou alertas para os moradores saírem de algumas áreas na costa oeste, derrubou a energia de milhares de residências e interrompeu voos e serviços ferroviários na região afetada.

A Agência Meteorológica do Japão emitiu alertas de tsunami para as regiões costeiras de Ishikawa, Niigata e Toyama, o primeiro grande alerta desde o terremoto e tsunami de março de 2011 que atingiu o nordeste do Japão.

Um grande aviso de tsunami significa que existe a possibilidade de ondas com mais de 3 metros.

A Rússia também emitiu alertas de tsunami nas cidades de Vladivostok e Nakhodka.

Algumas casas foram destruídas e unidades do Exército foram enviadas para ajudar nas operações de resgate, disse a repórteres o porta-voz do governo, Hayashi Yoshimasa, acrescentando que as autoridades ainda estavam avaliando a extensão dos danos.

Mais terremotos fortes na área, onde a atividade sísmica está ocorrendo há mais de três anos, podem ocorrer nos próximos dias, segundo Toshihiro Shimoyama, uma autoridade da agência meteorológica japonesa.

Em comentários à imprensa logo após o terremoto, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, também alertou os moradores para se prepararem para mais desastres.

“Os moradores precisam ficar em alerta para possíveis novos terremotos e peço às pessoas em áreas onde se espera que haja tsunamis que saíam o mais rápido possível”, disse Kishida.

“Corram!”, piscou o aviso amarelo brilhante nas telas de televisão, aconselhando os moradores em áreas específicas da costa a deixarem imediatamente suas casas.

Imagens veiculadas pela mídia local mostraram um prédio desabando em meio a uma nuvem de poeira na cidade costeira de Suzu e uma enorme rachadura em uma estrada em Wajima, onde pais aparentemente aflitos seguravam seus filhos.

O terremoto também sacudiu prédios na capital Tóquio, a cerca de 500 km de Wajima, na costa oposta.

Mais de 36 mil residências ficaram sem energia nas províncias de Ishikawa e Toyama, de acordo com a fornecedora de serviços públicos Hokuriku Electric Power.

Os serviços ferroviários para Ishikawa foram suspensos, enquanto as operadoras de telecomunicações Softbank e KDDI relataram interrupções nos serviços de telefone e internet em Ishikawa e Niigata, de acordo com seus sites.

A companhia aérea japonesa ANA retornou aviões que seguiam para aeroportos em Toyama e Ishikawa, enquanto a Japan Airlines cancelou a maioria de seus serviços para as regiões de Niigata e Ishikawa, e as autoridades disseram que um dos aeroportos de Ishikawa estava fechado.

O terremoto desta segunda-feira ocorreu durante o feriado de 1º de janeiro, quando milhões de japoneses tradicionalmente visitam templos para marcar o Ano Novo.

* É proibida a reprodução deste conteúdo