Netanyahu diz que não abrandará ataques antes de “eliminar Hamas”

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante reunião semanal de seu gabinete em Jerusalém
© ABIR SULTAN/Pool via REUTERS

Por Agência Brasil — O primeiro-ministro de Israel, Benjam,in Netanyahu, avisou que vai manter a estratégia para eliminar o Hamas, independentemente das pressões internacionais.

Ele fez a afirmação ao visitar uma base militar israelense, 24 horas após as forças de Israel terem sofrido o seu segundo maior número de baixas desde o início da guerra.

Uma pesquisa em tempo de guerra entre os palestinos, divulgada nessa quarta-feira (13), indica aumento do apoio ao Hamas, que parece reforçar-se na devastada Faixa de Gaza, e ampla rejeição do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

O estudo indica mais dificuldades nas perspectivas da administração dos Estados Unidos para Gaza e coloca questões sobre o objetivo de Israel de eliminar a capacidade militar e de governo do movimento islâmico radical.

Washington apelou à Autoridade Palestina, sediada na Cisjordânia, ocupada e dirigida por Abbas desde 2005, para assumir o eventual controle da Faixa de Gaza e dirigir os dois territórios no caso de um posterior acordo, mesmo destacando a necessidade de “revitalizar” sua liderança.

Abbas, 88 anos, e a Autoridade Palestina, apoiados pelo ocidente, administram diversas bolsas de território na Cisjordânia ocupada por Israel e governaram na Faixa de Gaza até a vitória, por maioria absoluta, do Hamas nas eleições de 2006. Desde então, e por diversos motivos, não foram realizadas eleições nos dois territórios.

O líder do Hamas Ismail Haniyeh disse que tentar uma solução para Gaza sem o movimento islâmico é “ilusão”. 

“Estamos receptivos a discutir qualquer ideia que possa acabar com a agressão israelense e abrir a porta para pôr a casa palestina em ordem, tanto na Cisjordânia quanto na Faixa de Gaza”.

Os Estados Unidos e o Reino Unido anunciaram que estão preparando novos pacotes de sanções contra o Hamas. Disseram que querem lutar contra o financiamento do grupo islâmico. É a quarta vez que Washington impõe sanções ao Hamas, grupo que os americanos consideram terrorista.

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