Por André Siqueira, JP News — A maior vergonha da história. Pode ser definido desta forma o inédito rebaixamento do Santos Futebol Clube para a Série B do Campeonato Brasileiro. O Peixe perdeu para o Fortaleza por 2 a 1, nesta quarta-feira, 6, na Vila Belmiro, em partida válida pela 38ª rodada da competição, e não estará na elite do futebol nacional em 2024 pela primeira vez.
O rebaixamento é o ato final da gestão Andres Rueda, que administrou o Santos no último triênio, em um período marcado por diversos vexames, eliminações vergonhosas, o desmanche do elenco profissional e (muitos) protestos da torcida. Para piorar, o descenso ocorre na primeira edição do Brasileirão após a morte de Edson Arantes do Nascimento, o eterno Rei Pelé, que marcou a história do esporte com as cores do alvinegro. A competição, não por acaso, foi batizada de “Brasileirão Rei”. Ainda assim, o clube da Vila não foi capaz de honrar o legado do maior atleta da história.
O Santos terminou o Brasileirão com 43 pontos, atrás do Bahia, com 44 pontos, e do Vasco, que somou 45 pontos. O Cruz Maltino e o Tricolor de Aço também brigavam pelo rebaixamento, mas venceram Red Bull Bragantino e Atlético-MG, respectivamente.
Nesta quarta-feira, 6, na Vila Belmiro, o Peixe precisava vencer para escapar sem depender de seus rivais. Ainda assim, o time paulista poderia permanecer na Série A mesmo em caso de derrota. Para isso, o Bahia não podia vencer o Atlético-MG na Arena Fonte Nova.
Na baixada santista, o jogo terminou 2 a 1 para o Fortaleza com requintes de crueldade: o atacante Marinho, que saiu da Vila Belmiro pela porta dos fundos, abriu o placar. O Peixe até empatou com Messias, de cabeça, mas sofreu o gol que selou a queda no final do segundo tempo, em chute por cobertura da região do meio-campo feito pelo atacante Lucero.