Novo grupo de reféns e presos palestinos deve ser libertado hoje

People look at an installation which shows the pictures of hostages taken by Palestinian Islamist group Hamas following a deadly infiltration of Israel by Hamas gunmen from the Gaza Strip on October 7, before some of them are due to be released as part of a deal between Israel and Hamas to free hostages held in Gaza in exchange for the release of Palestinian prisoners, in Tel Aviv, Israel, November 24, 2023. REUTERS/Ronen Zvulun
© REUTERS/Ronen Zvulun

Por Agência Brasil — As autoridades israelenses anunciaram neste sábado (25) que 14 reféns feitos pelo Hamas e 42 prisioneiros palestinos deverão ser libertados nas próximas horas, no segundo de quatro dias da trégua entre o movimento islamita e Israel.

A trégua renovável de quatro dias, obtida na quarta-feira sob mediação do Catar com o apoio dos Estados Unidos e do Egito, prevê a libertação de um total de 50 reféns detidos na Faixa de Gaza e de 150 palestinos detidos nas prisões israelenses

Um vídeo de dois minutos, divulgado pelo Hamas nessa sexta-feira (24), mostrava combatentes mascarados, armados com espingardas, vestindo fardas militares e a fita verde do braço armado do movimento entregando os primeiros reféns ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Os 24 reféns libertados ontem (13 israelenses, entre eles uma luso-israelita, dez tailandeses e um filipino) chegaram depois a Israel pelo Egito. Israel, por seu lado, libertou 39 palestinos detidos em suas prisões.

“Isso é apenas o início, mas até agora está correndo bem”, disse o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acrescentando que há “possibilidade real” de prolongar a trégua.

“Ainda há cerca de 215 reféns em Gaza”, disse o porta-voz do Exército israelense, Doron Spielman. “Não sabemos, em muitos casos, se estão vivos ou mortos”.

Entre os reféns restantes encontram-se 20 cidadãos tailandeses, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros tailandês.

Em Tel Aviv, rostos sorridentes de reféns libertados foram projetados na fachada do Museu de Arte ontem à noite, com as palavras: “Estou de volta à casa”.

Perto do hospital pediátrico Schneider, em Petah Tikva, nos arredores de Tel Aviv, as pessoas aplaudiram e agitaram bandeiras israelenses quando os dois helicópteros que transportavam os reféns libertados se aproximaram.

“Estou feliz por ter me reunido com a minha família. Não faz mal sentir alegria e não faz mal derramar uma lágrima. É humano”, diz Yoni Asher, que acabava de se reunir com a mulher Doron e as duas filhas de dois e quatro anos, em vídeo transmitido pelo Fórum das Famílias dos Reféns.

“Mas não estou a festejar e não festejarei enquanto os últimos reféns não regressarem às suas casas”, acrescentou.

Uma porta-voz do Hospital Schneider informou que as quatro crianças e as quatro mulheres ex-reféns internadas já estavam com suas famílias, “rodeadas por equipes médicas e psicossociais”, e que o seu estado era “bom”.

Os outros cinco reféns libertados, mulheres idosas, estão no Hospital Wolfson em Holon, perto de Tel Aviv, “em estado estável” e recebendo cuidados adequados, também com as famílias, segundo o porta-voz do hospital.

O Exército israelense estima que cerca de 240 pessoas tenham sido raptadas pelo Hamas durante o sangrento ataque feito pelos comandos islamitas em território israelita no dia 7 de outubro. 

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que fez da libertação dos reféns condição prévia para qualquer cessar-fogo, disse nesta sexta-feira que estava determinado a trazê-los todos de volta a Israel.

Antes da libertação dos 24 reféns, o Hamas já tinha libertado quatro pessoas e o Exército israelense tinha recuperado outra. Mais dois reféns, incluindo um soldado, foram encontrados mortos em Gaza pelas tropas israelenses.