OMS manifesta preocupação com infecções respiratórias na China

FILE PHOTO: People, wearing masks to prevent coronavirus disease (COVID-19), walk along the street in Beijing, China, February 14, 2023. REUTERS/Tingshu Wang/File Photo
© REUTERS/TINGSHU WANG

Por Agência Brasil — A Organização Mundial da Saúde (OMS) manifestou-se preocupada nesta quinta-feira (23) com o aumento das infecções respiratórias e o aparecimento de surtos de pneumonia em crianças na China. A instituição pediu ao país informações detalhadas sobre os casos.

Em comunicado, a OMS lembra que, em entrevista no dia 13 de novembro, as autoridades chinesas da Comissão Nacional de Saúde relataram aumento na incidência de doenças respiratórias no país.

Na ocasião, as autoridades atribuíram o aumento ao levantamento das restrições relativas à pandemia de covid-19 e à circulação de agentes patogênicos conhecidos, como o da gripe, o Mycoplasma pneumoniae (infecção bacteriana comum que normalmente afeta crianças mais novas), o vírus sincicial respiratório (RSV) e o SARS-CoV-2, que causa a covid.

As autoridades destacaram a necessidade de maior vigilância das doenças nas instalações de saúde e em ambientes comunitários, bem como de reforço na capacidade do sistema para atender pacientes.

No início desta semana, a comunicação social e o sistema de vigilância ProMED relataram surtos de pneumonia não diagnosticada em crianças no Norte da China, diz a nota da OMS, acrescentando que não está claro ainda se esses casos estão associados ao aumento de infecções respiratórias, anteriormente relatado pelas autoridades chinesas, ou se se trata de eventos separados.

No comunicado, a OMS informa que pediu informações epidemiológicas e clínicas adicionais, bem como resultados laboratoriais desses casos notificados entre crianças, por meio do regulamento sanitário internacional.

“Solicitamos também mais informações sobre as tendências recentes na circulação de agentes patogênicos conhecidos, incluindo gripe, SARS-CoV-2, RSV e Mycoplasma pneumoniae, e a carga atual sobre os sistemas de saúde”, diz a OMS, que está “em contato com médicos e cientistas por meio de parcerias técnicas e das redes [de vigilância] na China”.

 Desde meados de outubro, o Norte da China relatou aumento de doenças semelhantes à gripe, em comparação com o mesmo período dos três anos anteriores, e que o país dispõe de sistemas para recolher informações sobre tendências na gripe, doenças semelhantes à gripe, VSR e SARS-CoV-2 e elaborar relatórios para plataformas como o Sistema Global de Vigilância e Resposta à Gripe.

Enquanto aguarda informação adicional, a OMS recomenda à população chinesa que cumpra medidas para reduzir o risco de doenças respiratórias, entre elas vacinação, manutenção da distância de pessoas doentes, ficar em casa quando estiver doente, fazer exames e receber cuidados médicos conforme necessário, usar máscaras, garantir boa ventilação e lavar as mãos de forma regular.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.