Capital indiana fecha escolas devido à poluição atmosférica

Por Agência Brasil — O governo indiano determinou o fechamento de escolas a partir desta sexta-feira (3) devido ao aumento dos níveis de poluição no ar nos últimos dias. O fenômeno envolveu a capital e regiões do Norte da Índia em uma nuvem de poluição tóxica.

“Tendo em conta a subida dos níveis de poluição, todas as escolas primárias, públicas e privadas de Nova Déli, a capital, permanecerão fechadas nos próximos dias”, declarou o chefe do governo da capital, Arvind Kejriwal, na rede social X.

A medida vem juntar-se às restrições anunciadas nos últimos dias pelas autoridades da cidade, incluindo a proibição de atividades de construção não essenciais e a entrada de caminhões a diesel, como parte de um plano que exige medidas mais restritivas para enfrentar o aumento da poluição.

As concentrações de partículas PM 2.5, as mais nocivas para o ser humano, atingiram 375 microgramas por metro cúbico de ar no bairro oriental de Anand Vihar, com concentrações dessas partículas finas no estádio Jawaharlal Nehru, ao sul, de acordo com as medições do Gabinete Central de Controle da Poluição (CPCB, na sigla em inglês).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera perigosa uma exposição diária máxima de PM 2.5 superior a 15 microgramas por metro cúbico de ar. O ar tóxico da capital é atualmente comparado ao de uma câmara de gás ou ao equivalente a fumar uma mão cheia de cigarros por dia.

Nova Déli foi classificada como a cidade com a pior qualidade do ar no mundo, de acordo com lista elaborada pela IQAir.

Esta deterioração afeta igualmente uma grande parte do Norte da Índia e tira dos habitantes do país uma média de cinco anos de esperança de vida, segundo o último estudo Air Quality Life Index (AQLI) da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.

A deterioração alarmante da qualidade do ar em Nova Deli ocorre inevitavelmente nesta época do ano, quando coincidem vários fatores, como o início do inverno e a diminuição dos ventos que impedem a dispersão dos poluentes.

A queima do restolho de arroz nos estados próximos à capital também contribui para o pico de poluição. Especialistas apontam a falta de ação das autoridades para resolver o problema pela raiz.

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