Por g1 RN — Os usuários do ProSUS enfrentaram nesta sexta-feira (27) mais um dia de longas filas para retirada de fraldas, insulinas e outros medicamentos para pacientes da rede pública de saúde na unidade da Ribeira, em Natal. Na quinta, longas filas já haviam sido registradas. Eles reclamam também de atrasos (veja mais abaixo).
Diante do problema, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) comunicou, em nota, aos usuários que a partir desta sexta “apenas os beneficiários cadastrados teriam direito ao recebimento de fraldas descartáveis, somando um prazo de seis meses para tomada de providência e apresentação da documentação atualizada para realização do recadastramento”.
Segundo a pasta, o recadastramento é necessário para atualização dos dados cadastrais e teve início em maio deste ano. A medida faz parte da restruturação do ProSUS.
Dessa forma, “o recadastramento será obrigatório para os usuários contemplados com outros medicamentos, insumos e produtos para saúde, conforme calendário de recadastramento a ser divulgado pela SMS Natal no mês de novembro”.
A pasta informou que o recadastramento visa também garantir o planejamento de aquisição dos itens dispensados e a regularidade no fornecimento, exclusivamente para munícipes de Natal.
De acordo com a SMS, está “atualmente priorizado a dispensação de fraldas descartáveis para os usuários que foram recadastrados”.
Os usuários ou representantes legais, que não tenham efetuado o recadastramento até 26 de outubro de 2023, podem procurar a sede do PROSUS, localizado na Policlínica José Carlos Passos, na Praça Augusto Severo, s/n, Ribeira, de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 12h, para regularizarem a situação do recebimento do benefício.
Alguns usuários do ProSUS relataram que não conseguem fazer a retirada de fraldas na unidade em Natal há quase três meses.
“Vim buscar fraldas, depois de três meses sem receber. Eu já vim aqui três dias. Vim anteontem, ontem e hoje. Enfrentei a fila, mas quando chegou na minha hora tinha acabado”, disse o morador do Alecrim, Eriberto José da Silva, que pega os itens para o filho.
“Vim mais cedo, mas ó como é que já está a fila”, lamentou ele, que disse que o ideal é o tamanho G, mas que se só tiver M ou GG, ele também aceita para ajudar o filho.
Eriberto chegou nas primeiras horas da manhã da sexta, mas alguns beneficiários chegaram às 22h30 do dia anterior e outros na madrugada, como foi o caso de Júlio César, que chegou às 3h e, mesmo assim, se atrasou para o trabalho porque a fila demorou a chegar nele.
“Precisei vir aqui, estou junto com minha esposa, junto com esse povão todo, a esperança de receber. Eu creio que vamos receber, porque estamos aqui na frente, mas esse povo que está aí atrás… fica dificil a situação”, lamentou.
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