América-RN festeja 50 anos da conquista da Taça Almir de 1973

Scala, Ivan Silva, Nunes, Paúra, Mário Braga, Ubirajara, Emidio e Dr. Maeterlinck (em pé); Macarrão (massagista), Almir, Careca, Santa Cruz, Hélcio e Gilson Porto. — Foto: Ribamar Cavalcante/Arquivo Pessoal

Por g1 RN — O América-RN comemora nesta sexta-feira os 50 anos de uma das maiores conquistas da história do clube. Em 1973, o Alvirrubro foi campeão da Taça Almir de Albuquerque, de forma invicta.

O torneio contou com a participação de 16 times das regiões Norte e Nordeste, divididas em duas chaves. Na campanha do título, o América empatou com Rio Negro na estreia, no dia 25 de agosto de 73, venceu Sergipe e Ceará, e teve outro empate, diante do Santa Cruz. Depois, superou o Remo fora de casa e empatou com o Vitória em Natal. No dia 27 de outubro, encerrou sua participação na Taça Almir com uma vitória sobre o Náutico, no Castelão. O time rubro foi campeão por somar o maior número de pontos – 11 contra 10 do Rio Negro.

O troféu histórico é guardado até hoje na sede social do clube, em Natal, ao lado da taça da Copa do Nordeste de 1998, outro feito bastante comemorado pelos americanos.

Em uma rede social, o clube homenageou os ídolos que fizeram parte daquela conquista.

“Nosso muito obrigado a Almir, Careca, Cosme, Dr. Maeterlinck, Emídio, Gilson Porto, Hélcio Jacaré, Ivan Silva, João Daniel, Macarrão, Mário Braga, Nunes, Paúra, Santa Cruz, Scala, Ubirajara e a todos os demais envolvidos nesta conquista histórica, por terem conduzido o América a ser o primeiro clube do estado a ser campeão regional”.

O pesquisador e ex-jogador Ribamar Cavalcante, em especial publicado pelo ge no centenário do América, ressaltou que aquele foi um dos melhores elencos montados pelo Alvirrubro, com destaque para Hélcio Jacaré.

– A conquista do título da Taça Almir até hoje permanece na memória da família alvirrubra. Considero uma das maiores conquistas da história do América, que viveu uma das melhores fases na década de 70. A partir da conquista, a equipe passou a ser respeitada pelos grandes clubes do nosso país. Todos os jogadores se destacavam pelo alto nível técnico, mas sempre tem um que a torcida admira mais. E o Hélcio era fora de série! Dentro de campo, o líder era ele. Com muito talento, ele comandou o América, que tinha um elenco fabuloso com Scala, Mário Braga, Ivan Silva, Ubirajara e Santa Cruz – disse o pesquisador à época.

A Taça Almir foi uma homenagem da Confederação Brasileira de Desportos (atual CBF), criada pela Revista Placar, ao atacante pernambucano Almir Morais de Alburquerque. O jogador foi assassinado em um bar na zona Sul Rio de Janeiro em fevereiro de 1973. O polêmico Almir Pernambuquinho começou a carreira no Sport em 1956, foi ídolo do Vasco no fim da década de 1950, jogou no Corinthians, Boca Juniors, Fiorentina, Genoa e Santos, quando foi bicampeão mundial em 1963. Almir teve ainda passagem pelo Flamengo e pelo América do Rio, onde encerrou sua carreira, em 1968.

A competição que homenageia Almir teve uma única edição, disputada por 16 equipes do Norte-Nordeste conjuntamente com o Campeonato Nacional, no ano da morte do ex-meia, e foi conquistada de forma invicta pelo América-RN.