Natal tem o almoço fora de casa mais caro entre as capitais do Nordeste, aponta pesquisa

Restaurante self service; restaurante por quilo — Foto: Reprodução/ RBS
Restaurante self service; restaurante por quilo — Foto: Reprodução/ RBS

Por g1 RNNatal tem a refeição fora de casa, para o trabalhador, mais cara de todo o Nordeste. É o que aponta a pesquisa Preço Médio da Refeição Fora do Lar, que é realizada pela Crest/Mosaiclab há mais de 20 anos.

A pesquisa foi encomendada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT).

O preço médio da refeição em Natal foi de R$ 51,86, que ficou acima de todas as capitais do Nordeste (entenda mais abaixo os critérios). O levantamento mais recente foi realizado entre junho e agosto deste ano.

Segundo a pesquisa, o aumento foi de 15,8% em relação ao preço médio do ano passado na capital potiguar. Recife é a segunda no ranking do Nordeste, com preço médio de R$ 49,13. Teresina tem a mais barata, com R$ 33,22(veja ranking).

O preço médio da refeição no Nordeste ficou em R$ 43,55, revelou a pesquisa. O aumento em relação a 2022 foi de 8,1%. A alta da média nacional ficou 14,7% maior e relação a 2022.

Como comparação, a inflação no Nordeste para a população de baixa renda foi de 7% no período, enquanto nas demais regiões brasileiras ficou entre 5% e 6%, na média, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE).

“O aumento de preços das refeições é diferente de acordo com a realidade local. Vários fatores podem influenciar tais como hábitos de consumo, dos impostos, do frete, do clima e de outros indicadores”, explica o sócio-diretor da Mosaiclab, Ricardo Contrera.

Segundo ele, as variações de preços de cmbustíveis, gás de cozinha, energia elétrica e aluguel comerciais contribuem para as mudanças nos valores.

Para chegar ao preço médio, a pesquisa considera uma refeição completa composta por: prato principal, bebida não alcóolica, sobremesa e café.

No total, foram coletados 5.470 preços de pratos em todo o Brasil, em estabelecimentos que servem as refeições no horário do almoço, de segunda a sexta-feira.

Em todo o Brasil neste ano a pesquisa aconteceu em 4.516 estabelecimentos comerciais, 22 estados e o Distrito Federal. No ano passado, a pesquisa foi realizada entre fevereiro e abril.

Segundo o sócio-diretor da pesquisa, o cenário econômico pós-pandemia também se reflete nos preços.

“Na pandemia, boa parte dos estabelecimentos ficaram ‘fechados’, atendendo basicamente via delivery. Muitos reduziram seu quadro de pessoal, mas tiveram que arcar com as altas taxas de entrega. O retorno do atendimento presencial, o que envolve manutenção do espaço físico e recontratação de profissionais para o atendimento está exigindo novos investimentos”, avaliou.

A pesquisa indicou o aumento do consumo nos dias úteis na hora do almoço nos estabelecimentos.

De acordo com o IBGE, o salário médio na região Nordeste era de R$ 1.986,00 na data em que o campo da pesquisa foi iniciado, em junho de 2023. Já o gasto médio para o trabalhador do Nordeste região consumir um prato de refeição foi de R$ 685,96 (R$ 31,18 X 22 dias).

Isso significa que é necessário investir cerca de 34,5% do salário médio mensal com alimentação para almoçar fora de casa.

?Participe do canal do g1 RN no WhatsApp e receba no seu celular as notícias do estado