Mulher apontada como articuladora dos ataques no RN é presa no Rio de Janeiro

Andreza Cristina Lima Leitão criou um grupo para articular os ataques no Rio Grande do Norte. — Foto: Reprodução

Conhecida como “Bibi Perigosa”, Andreza Cristina Lima Leitão foi presa no fim da tarde de domingo (2) quando estava saindo de um shopping no bairro de Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. Ela é apontada como uma das principais líderes dos ataques que aconteceram no Rio Grande do Norte de 15 a 25 de março, além de ser uma das chefes da facção que controla o tráfico do Estado.

A prisão foi realizada por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) do Rio de Janeiro. Segundo as investigações do órgão, que vinha monitorando Bibi Perigosa há uma semana, ela estava morando na Vila Kennedy e desde 2020 vivia escondida na cidade. Um mandado de prisão já havia sido expedido contra ela no Rio Grande do Norte.

De acordo com o delegado assistente da DRE, Rodrigo Coelho, a traficante criou um grupo de comunicação entre os criminosos e o intitulou de ‘Companhia dos Artilheiros’. Em conjunto, os participantes realizaram os assassinatos, roubos em série, depredação de prédios públicos e incêndios de veículos e residências que acometeram o território potiguar.

Além dos prejuízos materiais, os atos terroristas no Estado interferiram no funcionamento de serviços essenciais como transporte público, coleta de lixo e assistência por meio das Unidades Básicas de Saúde. A retomada dos serviços precisou ser retomada gradualmente até alcançar o funcionamento normal.

Em publicação no Twitter, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, elogiou o trabalho da DRE e afirmou que Bibi Perigosa acumula vários processos na Justiça potiguar por crimes como tráfico de drogas e organização criminosa. “Não vamos permitir que bandidos de outros estados venham se esconder no nosso Rio de Janeiro. Parabéns aos nossos guerreiros da Polícia Civil”, assegurou.

O termo ‘Bibi Perigosa’ , vale lembrar, se tornou um codinome para mulheres envolvidas com organizações criminosas. Andreza Cristina Lima Leitão não é a Fabiana Escobar, que teve sua historia retratada em livro e utilizada como inspiração por Glória Perez na novela ‘A força do querer’.

Tribuna do Norte