Faleceu nesta quarta-feira (22.mar.23), de um infarto fulminante, em sua residência, a Delegada de Polícia Civil Aposentada da PC/RN, Dra. Maria José Azevedo. Ela tinha completado 72 anos no último domingo (18) e aparentemente estava bem e feliz, o que surpreendeu toda a sua família. O velório aconteceu no Centro de Velório Vila São José no bairro de Lagoa Seca, em Natal. O sepultamento foi realizado ao meio dia, no Cemitério Morada da Paz em Emaús.
Maria José de Azevedo nasceu em 19 de março de 1951 em São Paulo/SP. Filha de Antônio Alves de Azevedo e Matilde Suzana de Azevedo, naturais de Caicó/RN. Ela começou a trabalhar aos 13 anos, aos 21 trabalhou como técnica de enfermagem, depois cursou Direito ainda em São Paulo. Passou no concurso da Polícia Civil do Rio Grande do Norte e assumiu o cargo de Delegada de Polícia em 1985.
No ano de 1986, a pedido do governador da época, José Agripino, fez toda a pesquisa para fundação e implementação da Primeira Delegacia Especializada de atendimento à Mulher do Estado do RN. Em 12 de maio de 1986, foi então criada em Natal a Primeira Delegacia da Mulher do Estado do RN, sendo a mesma nomeada como delegada titular em 21 de maio de 1986.
Devido a uma falsa denúncia de que teria agredido uma mulher na delegacia foi afastada pouco meses após sua fundação para a apuração dos fatos. Na época teve sua reputação manchada pela mídia que não divulgou quando foi apurada a denúncia e constatada a sua inocência. Infelizmente a própria policia e alguns colegas parecem esquecer ou omitir todo o trabalho que teve ela teve para fundar a delegacia da mulher, tendo em vista que rotineiramente é divulgado que a delegacia foi criada pela Dra. Magareth, que assumiu a delegacia após seu afastamento.
Ficou alguns anos à frente da Polinter, sempre trabalhou exaustivamente e honestamente, se aposentou em 2002. Além de prestar esse importante trabalho à população e ao Estado do RN, Maria José deixou um legado e exemplo de amor, generosidade e dedicação à sua família.
Deixa duas sobrinhas, Mariana e Marília, as quais tinha como se fossem suas filhas, as sobrinhas netas Isadora e Manuela. Deixa também uma irmã, Ana Maria de Azevedo e seu cunhado Marco Antônio, uma prima muito próxima, Veneranda Costa, assim como demais parentes e amigos por quais tinha muito esmero.
Por Mariana de Azevedo Silva – Sobrinha.
