Açude Gargalheiras vira patrimônio histórico do Rio Grande do Norte

Parede do açude Gargalheiras, no Seridó potiguar. — Foto: Raiane Miranda/Governo do RN

Por g1 RN — Uma lei publicada no Diário Oficial do último sábado (21) reconhece o Açude Marechal Dutra, em Acari – o Açude Gargalheiras – como patrimônio cultural, histórico, geográfico, paisagístico, ambiental e turístico do Rio Grande do Norte.

Conhecido como “Gargalheiras” desde o início da construção, na segunda metade dos anos 1950, o reservatório mais famoso da região Seridó tem capacidade para acumular 44 milhões de metros cúbicos de água. A parede fica numa das “gargantas” do Rio Acauã, o que deu origem ao seu apelido.

O projeto de lei que propôs a inclusão do reservatório na lista do patrimônio histórico foi do deputado estadual Coronel Azevedo (PL). O texto foi aprovado na Assembleia Legislativa no final do ano passado e sancionado pela governadora Fátima Bezerra (PT).

Apesar de as obras só terem começado em 1956, a primeira tentativa de erguer um reservatório para barrar as águas do Rio Acauã ocorreu no início do Século 20. O primeiro estudo técnico foi realizado em 1909 pelo engenheiro Ignácio Ayres de Souza. Na época, foi construída uma pequena barragem.

O açude foi inaugurado oficialmente no dia 27 de abril de 1959 e ainda hoje existe uma comunidade remanescente da época da construção, quando foi erguida uma vila para abrigar os trabalhadores.

Nesses 64 anos, o espetáculo da “sangria” – quando o volume excede a capacidade e transborda – foi registrado 28 vezes. A última foi em 2011.

A área no entorno do Gargalheiras é um dos 21 geossítios relacionados no Mapa Geoturístico do Seridó Geoparque Mundial da Unesco.