Carlos Eduardo já provou que não conhece limites. Dispondo então de apoio, como o que o PT está lhe dando, é como vitaminar um escorpião.
Não é questão de se Carlos Eduardo vai picar o PT, mas quando e onde.
No momento, a atenção dele está concentrada em destruir Rafael Motta.
A fantasiosa tese de que eleitores de esquerda estão deixando Rafael Motta para a campanha de Carlos Eduardo começou a ser espalhada nessa semana nas redes sociais com a estratégia elaborada pelo marketing do candidato derrotado por Fátima Bezerra em 2018.
Agora saiu do mundo dos grupos de zap e chegou ao programa do candidato do PDT. Trata-se de uma estratégia de quem reconhecidamente não consegue se conectar ideologicamente com os eleitores.
Fátima tem quase 50% de intenções de voto. Lula tem mais que 50% de intenções de voto no RN. Carlos Eduardo patina acima de 20%.
O baixo percentual se explica porque Rafael Motta é quem consegue se conectar com a esquerda e a juventude. Sem estrutura, o candidato do PSB orbita em 15% de intenções de voto no momento.
Na outra ponta, Rogério Marinho consegue se conectar com a direita.
Mas e Carlos Eduardo?
Carlos Eduardo só consegue se conectar a si mesmo.
O único lugar do Brasil em que voto útil faz sentido e não é tese fantasiosa é no Paraná, onde os petistas precisam votar em Álvaro Dias para impedir Sérgio Moro de chegar ao Senado.