Exportações do RN acumulam alta de 123,9% em oito meses

Na pauta de exportações, as frutas frescas e nozes são o segundo item de maior saída, somando US$ 61,8 milhões exportados (+15%). — Foto: Reprodução

Com uma movimentação total de US$ 509,7 milhões em produtos vendidos para o exterior no acumulado deste ano até agosto, o Rio Grande do Norte acumula alta de 123,9%, no comparativo com o mesmo período de 2021. O aumento também é verificado nas importações acumuladas nesse período com alta de 35,6%, subindo de US$ 201,8 em 2021 para US$ 273,7 milhões neste ano. Nos oito meses do ano, o saldo acumulado da balança comercial potiguar registra um superávit de US$ 235,9 milhões em 2022, um valor 814,72% maior que o verificado em igual período de 2021. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia.

No acumulado de janeiro a agosto. o Rio Grande do Norte tem participação de 0,2% nas exportações nacionais, ocupando a 20ª posição dentre os estados brasileiros em vendas para o exterior. No recorte do acumulado neste ano, os combustíveis são os maiores responsáveis pela alta – equivalem a 61% das exportações totais, somando US$ 309 milhões exportados. Esse valor é 316,2% maior no comparativo com mesmo período do ano passado, com uma variação a mais de US$ 235 milhões. De janeiro a agosto de 2021, o valor dessas exportações foi de US$ 74,3 milhões.

Em seguida, vêm as frutas frescas e nozes (12% das exportações e US$ 61,8 milhões exportados), com crescimento de 15% ante igual período de 2021, o que significa US$ 8,060 milhões a mais. Depois, aparecem os tecidos e telas que representam 4,1% e uma soma de US$ 20,7 milhões exportados (+6,93%); e os produtos da indústria de transformação (3,1% e US$ 15,7 milhões, com alta de 22,6%).

Por outro lado, os geradores elétricos giratórios e suas partes puxam as importações no acumulado deste ano, representando 20% dos itens importados para o Estado, numa soma de US$ 55,3 milhões. A variação ante o mesmo período de 2021 foi de 21,1% (US$ 9,62 milhões a mais). O trigo e centeio, não moídos, são o segundo item da pauta de importação do Estado, representando 22% e US$ 61,6 milhões importados. A variação ante mesmo período do ano passado foi de 47,3% (US$ 19,8 milhões). De janeiro a agosto do ano passado, esses produtos somaram US$ 41,8 milhões; e no mesmo período de 2020, US$ 38,4 milhões.

Já as válvulas e tubos termiônicos, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos e transistores são o terceiro item da pauta de importação foi mais, representando 18% e US$ 49,1 milhões importados. A variação ante mesmo período do ano passado foi de 2,98%.

Países

Singapura, Estados Unidos, Holanda, Espanha, Reino Unido e Gana são os principais mercados para onde vão os produtos potiguares. Segundo os dados da Secex, 60% das exportações concentram-se em Singapura. Para esse país, o RN exportou US$ 306 milhões de janeiro a agosto deste ano. Já as vendas para os EUA representam 12% (US$ 62,9 milhões), enquanto as exportações para a Holanda correspondem a 4,1% (US$ 21 milhões) e para a Espanha, 3,4% (US$ 17,5 milhões). Reino Unido recebe 2,9% das mercadorias exportadas do Estado (US$ 14,7 milhões) e Gana, 1,9% (US$ 9,82 milhões).

No caso das importações, o Estado recebe mercadorias em maior volume da China (46%, na soma de US$ 126 milhões), um valor que cresceu 84,9% ante o período de janeiro a agosto de 2021. Nominalmente, o valor importado desse país cresceu em US$ 57,8 milhões. Da Argentina, as importações somam US$ 44,2 milhões (16% do total) e dos Estados Unidos, US$ 36,43 milhões (13%).

Uruguai (5,1% e US$ 13,9 milhões), Espanha (4,6% e US$ 12,6 milhões), Alemanha (2% e US$ 5,34 milhões), Itália (1,5% e US$ 4,039 milhões) e Índia (1,4% e US$ 3,85 milhões) também compõem o nicho de mercados que mais vendem seus produtos ao Rio Grande do Norte.

Balança encerra com déficit em agosto

O saldo da balança comercial do Rio Grande do Norte encerrou o oitavo mês do ano com um déficit de US$ 51,4 milhões. O período de entressafra do melão, associado à redução dos envios de petróleo para refino no mercado internacional, impactou fortemente a balança comercial do Estado em agosto.

As exportações registraram uma queda de 83%, de um mês para outro, fechando agosto com um volume negociado de US$ 14,7 milhões. Já as importações subiram 163,34% no período e alcançaram um montante de US$ 66,1 milhões. Isso reduziu o superávit comercial e deixou a balança deficitária no mês.

Os dados estão na edição deste mês do Boletim Balança Comercial do RN, um informativo elaborado pela Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae no Rio Grande do Norte com base nas informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, referentes a agosto deste ano.

O boletim acompanha a evolução do comércio exterior do estado mês a mês, assim como as operações de compra e venda de mercadorias no mercado internacional durante série histórica, que leva em consideração os cinco últimos anos.

As exportações de melão no mês não ultrapassaram US$ 162 mil e, sem os dois itens principais que normalmente alavancam as exportações do Estado, os produtos mais exportados pelo em agosto foram aqueles de origem animal impróprios para consumo humano, cujos envios para os Estados Unidos geraram um volume de US$ 1,31 milhão, seguidos dos tecidos de algodão (US$ 1,1 milhão). Fígados, ovas e gônadas congelados ficaram na terceira posição do ranking com um total de US$ 1,09 milhão. Já as exportações de granito movimentaram US$ 1,03 milhão.

No que se refere às importações, o aumento foi provocado principalmente pelas aquisições de painéis e células fotovoltaicos da China. Esses equipamentos somaram um total de US$ 16,00 milhões. Os motores e geradores elétricos foram as segundas mercadorias mais importadas – também da China-, com um valor de US$ 15,21 milhões, seguidos do trigo e as misturas com centeio, importados do Uruguai e Estados Unidos, que resultaram em um volume de US$ 13,9 milhões. As importações de coques de petróleo não calcinado atingiram o patamar de US$ 7,7 milhões.

Brasil tem superávit de US$ 4,16 bi

Brasília (AE) – A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 4,165 bilhões em agosto de 2022. De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, 1º de setembro, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o valor foi alcançado com exportações de US$ 30,84 bilhões e importações de US$ 26,675 bilhões.

No ano, o saldo é positivo em US$ 44,054 bilhões. A média diária das exportações em agosto registrou aumento de 8,4%, com alta de 38,4% em agropecuária, crescimento de 24,8% em Indústria da transformação e queda de 30,2% em produtos da indústria extrativa.

Já as importações subiram 30,5%, com alta de 30% em agropecuária, crescimento de 45,4% em indústria extrativa e expansão de 29,9% em produtos da indústria da transformação, sempre na comparação pela média diária.

Balança Comercial
Comportamento das exportações e importações do RN

Período: Janeiro a agosto de 2022

Exportações
2021: US$ 227,55 milhões
2022: US$ 509,65 milhões (+ 123,9%)

Importações
2021: US$ 201,79 milhões
2022: US$ 273,7 milhões (+35,6%)

Corrente de comércio
2021: US$ 429 milhões
2022: US$ 783,4 milhões (+82,4%)

Saldo
2021: US$ 25,755 milhões
2022: US$ 235,92 milhões (+814,72 %)

Período: Agosto de 2022

Exportações
2021: US$ 14,9 milhões
2022: US$ 14,7 milhões (- 1,5%)

Importações
2021: US$ 25,1 milhões
2022: US$ 66,1 milhões (+163,3%)

Corrente de comércio
2021: US$ 40 milhões
2022: US$ 80,8 milhões (+101,9%)

Saldo
2021: US$ 10 milhões
2022: -US$ 51 milhões (+500,89%)