Rogério Marinho: “Governo precisa entender que a logística é importante”

Rogério Marinho, ex-ministro do Desenvolvimento Regional. — Foto: Reprodução

O candidato ao Senado no Rio Grande do Norte, Rogério Marinho (PL), foi o primeiro a participar do debate entre os candidatos ao Senado na Federação das Indústrias do RN (Fiern), que vai entregar a Agenda Caminhos do RN para ações do desenvolvimento industrial aos candidatos. Marinho apresentou suas propostas para a indústria e respondeu questionamentos. Para ele, cabe ao Estado “ser indultor do processo do desenvolvimento” e disse que o RN está “encaixotado” entre Ceará e Pernambuco do ponto de vista logístico.

“As grandes empresas que empregam não vêm para cá porque não tem como escoar seu produto. Precisamos de um alinhamento de astros entre Governo do Estado, Federal e classe produtiva e a credibilidade de se trazer parceiros dentro de um projeto que tenha vocação econômica e sustentabilidade. nesse sentido. Ninguém virá para cá com política agressiva contra quem empreende, de uma militância ambiental descabida, que não leva em consideração a legislação, mas a condição política daquele agente. É um processo de consertação que só vai ajudar o RN se for feito da maneira apropriada. O Porto é essencial”, disse. Rogério ainda fez críticas às condições das estradas no Rio Grande do Norte. “Aqui no RN são buracos. Na Paraíba são tapetes. E olhe que a condição ideológica de quem governa são parecidas”, disse, informando que as condições das estradas afetam as condições de frete e qualidade na entrega.

Rogério Marinho teve 20 minutos para apresentar suas propostas e iniciou relembrando a função de um Senador. Segundo ele, o Congresso o qual concorre “é o único lugar em que o RN é igual a todos. É importante ter alguém que faça a diferença”, disse.

Marinho fez um balanço de uma série de ações enquanto ministro do Governo Bolsonaro, como renegociação de multas e dívidas, restrição da importação de máquinas para a indústria e o Marco da Ferrovia e do Saneamento. Rogério pontuou situações específicas do RN, como potencial hídrico e energias renováveis. “O que está acontecendo no RN é semelhante ao que aconteceu na época da chegada de Paulo Afonso. Isso vai propiciar potencial produtivo, atividade agrícola e também industrial”, acrescentou.

“Temos uma série de vantagens, como as energias renováveis, campeão nacional, e a questão hídrica, potencializada com a transposição do Rio São Francisco e as adutoras. Isso vai permitir que além de termos a segurança da água tratada com qualidade, tenhamos a possibilidade de agregar, 70, 80, 100 mil novos hectares em perímetros irrigados. Cada hectare gera 2,5 empregos de carteira assinada na frulticultura. É um ciclo virtuoso, uma revolução que tem consequências em outros ciclos da economia. Se você produz uma fruta, você precisa de fertilizante, de uma caixa de papel, plástico, precisa de uma indústria para fabricar esses insumos. É todo um processo virtuoso na economia”, disse.

Rogério fez críticas ainda às políticas educacionais no Brasil, afirmando que as universidades e o Ensino Médio precisam dialogar com setor produtivo. “O ensino médio está completamente equivocado. O aluno sai dele se preparo de se inserir no mercado de trabalho”, apontou.