RN tem 31 casos confirmados de varíola dos macacos

A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. — Foto: Reprodução

O Rio Grande do Norte tem 31 casos confirmados de varíola dos macacos (Monkeypox). Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) neste sábado 3, são 27 casos confirmados em homens e 4 em mulheres.

De acordo com o documento da Sesap, são 23 casos confirmados em Natal, seis em Parnamirim e dois em Mossoró. No último dia 25, a Sesap lançou um plano de contingência para prevenção e combate à disseminação da doença, com o objetivo de orientar os serviços de saúde do estado sobre as medidas de preparação e resposta.

De acordo com o Ministério da Saúde, a principal forma transmissão da Monkeypox ocorre por contato direto pessoa a pessoa, por meio da pele ou secreções, e exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias. Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode ser transmitido por meio da saliva. A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos.

Na maioria dos casos, os pacientes apresentam sintomas leves, para os quais não há tratamento específico, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. Porém, na semana passada, começaram a chegar ao país os primeiros tratamentos medicamentosos prescritos para pacientes com risco de desenvolver formas graves da doença (pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade).

Três unidades de saúde são apontadas como referência para casos suspeitos e confirmados: o Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, o Hospital Rafael Fernandes, em Mossoró, e o Hospital Maria Alice Fernandes, também na capital potiguar, só que voltado ao público pediátrico.

Notificação de casos da varíola dos macacos passa a ser obrigatória
O Ministério da Saúde incluiu a varíola dos macacos (Monkeypox) na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública. Com isso, profissionais de estabelecimentos públicos e privados ficam obrigados a informar às autoridades, em até 24 horas, sobre os casos confirmados da doença.

A medida consta da Portaria nº 3.418, publicada no Diário Oficial da União do dia 1º. Assinada pelo ministro Marcelo Queiroga, a norma estabelece que os casos devem ser relatados diretamente ao Ministério da Saúde.

Causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês), a doença foi declarada emergência de saúde pública de interesse internacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em julho deste ano. A decisão foi tomada após o aumento do número de casos em vários países.

No Brasil, o primeiro diagnóstico foi confirmado no início de junho, em São Paulo (SP). A primeira morte associada à doença ocorreu no fim de julho, em Belo Horizonte (MG).