Gripe do tomate: conheça doença que já infectou 82 crianças na Índia

Infecção é rara, mas gera alerta para a comunidade científica. Doença pode afetar adultos imunocomprometidos. — Foto: Reprodução

Um vírus identificado na Índia, que recebeu o nome de gripe ou febre do tomate, tem gerado alerta entre a comunidade científica. A contaminação pelo patógeno já foi registrada em 82 crianças com idade de até 5 anos nos estados de Kerala e Tamil Nadu, na costa sul do país, e é considerada endêmica.

Porém, os pesquisadores indicam que todo cuidado é necessário para evitar um surto da doença em outras regiões. A publicação do artigo que relata o caso foi feita na revista científica The Lancet na última quarta-feira (17/8).

A infecção não é considerada perigosa e os principais sintomas registrados foram coceiras nas manchas, que podem chegar ao tamanho e cor de tomate (por isso, o nome), e febre. Apesar de algumas das manifestações da doença serem similares às da Covid-19, o relatório informou que os vírus não têm relação entre si.

Ainda há poucas informações sobre o patógeno causador da gripe do tomate, mas os cientistas apontam que a doença pode também ser um efeito colateral da chikungunya ou dengue em crianças, ou uma variante da doença mão-pé-boca.

Até agora, casos da gripe do tomate só foram identificados em crianças, mas há preocupação de que ela se espalhe em adultos, especialmente os imunocomprometidos.

Além das 82 crianças acometidas, o centro regional de pesquisa médica em Bhubaneswar identificou mais 26 possíveis casos da doença em pacientes entre 1 e 9 anos no estado de Orissa. Os departamentos de saúde das regiões já estão tomando medidas de monitoramento para evitar mais contaminações e prevenir que a doença se espalhe para outras partes da Índia.

A gripe do tomate recebeu o nome porque tem como principal sintoma o aparecimento de manchas vermelhas que coçam e bolhas dolorosas no corpo, podendo alcançar o tamanho de um tomate. Além dessas características, a doença causa febre, fadiga, vômitos e dores no corpo, como outras infecções virais. Os pesquisadores ainda estão tentando descobrir o que desencadeia a manifestação dos sinais.

Metrópoles