Bolsonaro diz que quer arrecadar menos e que preço dos combustíveis devem cair

O presidente afirmou que acompanha a cotação do Brent. — Foto: Reprodução.

Apesar da iminente bomba fiscal projetada para o ano que vem, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (2) que deseja arrecadar menos. “Tivemos excesso de arrecadação no ano passado de 300 bilhões de reais. Queremos arrecadar menos, como diminuímos bastante o IPI de produtos no Brasil”, declarou o presidente em entrevista a uma rádio gaúcha.

Em defesa de mais desonerações, Bolsonaro revelou que já acertou a partir do ano que vem, o fim da cobrança de impostos sobre ração de peixe. Ele não detalhou, contudo, o impacto fiscal da medida ou a quantidade de contribuintes que seria beneficiada com ela.

Combustíveis

Bolsonaro também afirmou que, hoje, a tendência é de queda nos preços dos combustíveis cobrados pela Petrobras diante da redução do valor do petróleo Brent negociado no exterior. “O Brent ontem (segunda-feira) lá fora caiu na casa dos US$ 100. É sinalizador que você pode diminuir novamente o combustível na Petrobras, quem sabe o diesel. Isso não é bola de cristal”, declarou em entrevista à Rádio Guaíba.

O presidente afirmou que acompanha a cotação do Brent. “Eu tiro print do preço do Brent e mando para o ministro de Minas e Energia, mando para outras pessoas interessadas, para mostrar que estou de olho. Tem que tomar providências”, disse na entrevista. Ontem, o petróleo do tipo Brent caiu 3,80% no mercado internacional, a US$ 100,03 por barril.

Apesar de sua aparente disposição em monitorar as oscilações do mercado internacional da commodity, Bolsonaro voltou a criticar nesta terça-feira a política de paridade de preços adotada pela estatal, que atrela os reajustes dos combustíveis no País às cotações no exterior. “A aplicação do PPI na Petrobras foi exagerada”, avaliou, ao analisar as heranças recebidas do governo Michel Temer (MDB).

Exame