Ex-presidente chama Rogério de “baixinho” e “desgraçado”

O ex governador de São Paulo, Geraldo Alkmin, foi vaiado em seu discurso. Fátima saiu em sua defesa, "“É assim que se faz política” — Créditos: Ricardo Stuckert

Por Agora RN — Em um dos momentos do discurso, o ex-presidente fez uma referência à transposição das águas do Rio São Francisco, atribuindo ao seu governo a conclusão da maior parte da obra. Neste momento, chamou o ex-ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho (PL), pré-candidato a senador, de “desgraçado”.

“Outro dia eu vi um baixinho, um tal de Marinho. Ele é daqui? Eu não sabia de onde ele era. Mas eu sei que ele é um dos preferidos do ‘Bozo’. E ele estava numa televisão pública, aquela TV Brasil. Ele estava (dizendo) ‘nós levamos água para o Rio Grande do Norte’. Eu falei: ‘Desgraçado. Não quer nem pagar pelo plágio que está fazendo. Todo mundo sabe que quem construiu 88% do canal foi (sic) exatamente os governos do PT”, afirmou.

Rogério Marinho responde Lula

O ex-ministro Rogério Marinho rebateu a fala de Lula nas redes sociais. No Twitter, ele escreveu: “Lula vem ao meu estado e me chama de “baixinho e desgraçado”. Não sabe ele que a estatura física pouco importa. O que realmente importa é a ESTATURA MORAL! Exatamente o que falta a ele na sua vergonhosa trajetória política.”

E completou, “Lula continua o mesmo: Mentiroso e arrogante! Mentiu quando disse que a Transposição do São Francisco seria concluída em 2012,voltou a mentir quando marcou a conclusão para 2015. Quando chegamos ao Gov, encontramos obras paradas,canais p refazer, abandono, um mar de irregularidades”

‘ICMS sobre combustíveis é alto mesmo’, afirma Lula

O ex-presidente também falou sobre a crise dos combustíveis. Lula afirmou que o ICMS cobrado pelos governos estaduais no setor é “alto”, mas que o imposto não é o responsável pelas altas da gasolina, do diesel e do gás de cozinha.

“Eu acho que o ICMS é alto mesmo. É preciso baixar. Mas não pode jogar a culpa que a gasolina subiu por causa do ICMS. Nós vamos voltar a abrasileirar os preços da gasolina, do óleo diesel e do gás neste país”, declarou o ex-presidente, fazendo referência à promessa de alterar a política de preços da Petrobras, que liga o preço do combustível no Brasil ao praticado no exterior.

Novos aliados são vaiados

Durante o evento, três ex-adversários do PT foram bastante vaiados pelo público: o pré-candidato ao Senado Carlos Eduardo Alves (PDT), o ex-senador e ex-governador Garibaldi Alves Filho (MDB) e Geraldo Alckmin. Dos três, apenas Alckmin discursou.

Em uma fala breve, o ex-governador paulista enalteceu o Rio Grande do Norte e seus cartões-postais e elogiou a gestão da governadora Fátima Bezerra. “O Brasil precisa de Lula para salvar a democracia”, disse após criticar a desconfiança que Bolsonaro joga nas urnas eletrônicas. Neste momento, não foi vaiado.

A presidente do PT, Gleisi Hoffman, saiu em defesa dos vaiados, dizendo que no palanque de Lula poderia ter “gente com quem a gente divergiu, mas que é a favor da democracia e contra Bolsonaro”.

A governadora Fátima Bezerra também aproveitou a sua fala para defender alianças. “Seja muito vindo governador Geraldo Alckmin”, disse. “É assim que se faz política”, complementou. “É assim que se faz avançar. Para mudar a vida do povo, a gente primeiro precisa ganhar a eleição!”.