Menina de 6 anos que brincava no terraço de casa morre em tiroteio

Vizinha disse que menina estava brincando no terraço da casa da avó na comunidade de Salinas quando foi baleada — Foto: Reprodução/WhatsApp

Por g1 PE — Uma menina de 6 anos que brincava no terraço da casa da avó morreu após ser baleada, nesta quarta (30), durante uma troca de tiros entre policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e suspeitos de tráfico de drogas. O caso ocorreu em Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Grande Recife, segundo a Polícia Militar. A Polícia Civil investiga o fato.

De acordo com a prefeitura de Ipojuca, a criança, identificada como Heloísa Gabrielle, foi levada para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Porto de Galinhas e depois para a UPA do Centro da cidade, mas não resistiu. A administração municipal informou que ela levou um tiro no peito.

Por telefone, uma vizinha da família afirmou ao g1 que a menina foi atingida na comunidade de Salinas, por volta das 17h30 desta quarta. A mulher, que não quis ser identificada, disse que policiais perseguiam um criminoso. “Ficou todo mundo desesperado”, contou.

Após o confronto, o comércio foi fechado e moradores de Porto de Galinhas fizeram um protesto. O ato reuniu centenas de pessoas, que pediam justiça.

Eles realizaram uma oração e transmitiram tudo pelas redes sociais. A transmissão foi encerrada por volta das 20h30. Durante a manifestação, os moradores gritavam: “o Bope é assassino”.

De acordo com a Polícia Militar, a criança foi socorrida pelo próprio Bope e por moradores da comunidade.

Por nota, a PM informou que a ocorrência “seguia em andamento e ainda não seria possível afirmar como a menina foi atingida e de onde partiu o tiro”. Essa informação não foi alterada até a última atualização desta reportagem.

“A PM continua no local e intensifica sua participação na área com coordenação do 18º BPM. Somente quando a situação estiver controlada, será possível prestar maiores informações sobre a ocorrência”, disse a corporação, no comunicado.

De acordo com a Polícia Civil, o caso ficou sob a responsabilidade da 15ª Delegacia de Polícia de Homicídios, da Delegacia de Homicídios Metropolitana Sul (DPH/DHMS).