Operação contra lavagem de dinheiro do tráfico do RJ cumpre mandado em Natal

Mandado foi cumprido em Natal dentro da operação Mercador de Ilusões, deflagrada em oito estados — Foto: PCRN/Cedida

Por g1 RN — Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na manhã desta quarta-feira (23) em um imóvel no bairro das Quintas, na Zona Oeste de Natal, dentro da Operação “Mercador de Ilusões”, deflagrada em nove estados e no Distrito Federal contra a maior facção criminosa do Rio de Janeiro.

A informação foi confirmada pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte. Na capital potiguar, a operação foi conduzida pelo Departamento de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro da corporação.

Os policiais cumpriram o mandado em uma casa das Quintas e não informaram que tipo de material teria sido apreendido. Nenhum alvo da operação foi preso no Rio Grande do Norte.

Segundo a Polícia Civil, a operação visa desarticular uma estrutura criminosa desenvolvida para a lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas, praticado pela facção.

A operação

As investigações identificaram movimentações financeiras a partir da Comunidade do Brejal, Complexo do Salgueiro em São Gonçalo (RJ), que integrariam a engenharia financeira de lavagem de dinheiro, como forma de ocultar o dinheiro arrecadado da venda de drogas.

De acordo com os investigadores, a lavagem possibilitaria a compra de armas e drogas das regiões de fronteira. A movimentação financeira desse esquema criminoso teria sido superior ao montante de R$ 3 bilhões.

A Operação “Mercador de Ilusões” foi realizada pelo Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em conjunto com as polícias civis dos demais estados envolvidos: Distrito Federal, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Minas Gerais, Amapá, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Em todo o país, foram cumpridos 40 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão temporária, além do bloqueio judicial de até R$ 681 milhões nas contas bancárias dos suspeitos e o sequestro de bens de alto valor.