Zenaide encerra participação na CPI com fala dura: “Como não punir o presidente e todos os que colaboraram com essa política de morte?”

Zenaide lembrou ainda a falta de campanhas para o uso de máscaras e o distanciamento social — Foto: Divulgação

A participação assídua de Zenaide Maia (Pros – RN) na CPI da Covid foi reconhecida por vários integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito, no último dia de funcionamento do colegiado, nesta terça (26). Em uma dura fala final, a senadora potiguar indagou: “Como não punir o presidente e todos os que colaboraram com essa política de morte?”. Em seguida, Zenaide fez um verdadeiro retrospecto de declarações, ações e omissões do presidente Jair Bolsonaro e de seu governo: “Um presidente que insistiu numa política criminosa de imunidade de rebanho, assumindo o risco de morte para milhares. Que incitou a invasão de hospitais; que insistiu em não comprar vacinas idôneas ofertadas desde 2020 e preferiu comprar vacinas não aprovadas pela Anvisa, como a Covaxin, e ainda fechando os olhos para o esquema de corrupção na compra dessas vacinas porque ele empenhou R$ 1,6 bilhões e só parou porque a CPI chamou a atenção para isso”, elencou a senadora.

Zenaide lembrou a falta de campanhas educativas para o uso de máscaras e o distanciamento social; a incapacidade do presidente de demonstrar empatia com as mortes e a divulgação de fake news sobre as vacinas. A parlamentar não esqueceu de criticar, também, a defesa de medicamentos sem eficácia contra a covid: “Levando à ilusão de que, se o povo tomasse esses medicamentos, ou não adoecia, ou não teria a forma grave da doença”, pontuou. Disse, ainda, que o presidente “demitiu médicos e técnicos do Ministério da Saúde e preferiu se aproximar de profissionais que dissessem ‘amém’ para os seus atos negacionistas que levaram a milhares de mortes evitáveis?”.

Por sugestão de Zenaide, os parlamentares formarão um Observatório para acompanhar, a partir de agora, os desdobramentos dos pedidos de indiciamento do presidente e de outros 79 nomes, entre pessoas e empresas investigadas durante os seis meses de CPI.