Bolsonaro participa de exercício militar em Formosa, Goiás

Antes de ir à cidade goiana, veículos das Forças Armadas passaram por Brasília, onde fizeram polêmico desfile na semana passada — Foto: Reprodução

Por Guaiba — O presidente Jair Bolsonaro participa na manhã desta segunda-feira (16) do tradicional exercício das Forças Armadas na cidade de Formosa, interior de Goiás. No evento, o presidente chegou a disparar tiros de canhão ao lado do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI). Vários ministros foram convocados para assistir à exibição. Entre os quais Gilson Machado, do Turismo, e Marcelo Queiroga, da Saúde.

O exercício ocorre desde 1988 mas, pela primeira vez, os veículos passaram por Brasília antes de ir à cidade.

Na terça-feira (10), o desfile pela Esplanada dos Ministério causou polêmica ao ser lido pela oposição ao presidente, que acompanhou o ato, com um ato de pressão e intimidação à Câmara dos Deputados, que no mesmo dia derrubou a proposta de voto impresso que tramitava na Casa.

A cerimônia mostra tanques e aviões das Forças Armadas simulando ataques a grupos inimigos em terra e ar. Participam do exercício neste ano 2.500 militares e mais de 150 veículo apenas da Marinha.

O exercício é uma tradição da Marinha brasileira, mas neste ano contou com a participação também do Exército e da Aeronáutica.

Voto impresso

Na semana passada, o presidente acompanhou em Brasília a partida dos veículos militares para Formosa. Eles fizeram um desfile na Esplanada dos Ministério, em Brasília, no mesmo dia que deputados votariam e votaram no plenário a derrubada da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do voto impresso.

A adoção do voto impresso, bandeira de Bolsonaro, foi rejeitada inicialmente por uma comissão especial da Câmara.

Segundo o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que forçou a análise do tema no plenário apesar de a proposta ter sido derrubada na comissão, o desfile no mesmo dia da votação foi uma trágica coincidência.

Lira acreditava que após a derrota no plenário, Bolsonaro deixaria de lado a defesa do voto impresso. Três dias após a derrubada, no entanto, o presidente declarou que continuaria a pressão pela mudança ainda nas eleições de 2022.