No fim de semana anterior ao centenário do PC chinês, na próxima quinta (1º), um dos principais veículos de opinião do país, o Guancha, de Xangai, publicou extensa entrevista com Lula.
A chamada foi mantida no alto da página inicial, só abaixo de uma manchete com Xi Jinping, destacando uma declaração do ex-presidente brasileiro, “Por que a China pode fazer o que diz? Porque ela tem um partido político forte”:
Na entrevista, Lula questiona a ação do Departamento de Justiça dos EUA na Operação Lava Jato, saúda o retorno da esquerda na América Latina, mas evita falar de eleição, dizendo que a prioridade do PT neste ano é garantir a vacinação no país.
Bloomberg e outros despacharam pouco antes que ele “derrotaria Bolsonaro no primeiro turno, segundo pesquisa”.
O Guancha, em chinês, é do investidor em tecnologia Eric X. Li, vinculado a Stanford e Fudan. Um professor de Fudan, Li Shimo, foi o entrevistador e abriu falando que Lula “é muito famoso na China”.
O editor-chefe do nacionalista Global Times, Hu Xijin, publicou em rede social que, “com o centenário se aproximando, a mídia ocidental levanta a voz para falar mal do PC” e tentar desacreditar sua liderança.