Explosão em Beirute deixa pelo menos 73 mortos e 2,7 mil feridos

A explosão aconteceu em um depósito de nitrato de amônio na zona portuária — Foto: Reprodução de Internet

Por G1 — Uma explosão de um armazém que guardava nitrato de amônio deixou ao menos 73 mortos e cerca de 2,7 mil feridos na região portuária de Beirute nesta terça-feira (4), segundo a contagem oficial do governo do Líbano.

O presidente do país, Michel Aoun, defendeu que a capital deve declarar estado de emergência para as próximas duas semanas e disse ser “inaceitável” que 2.750 toneladas de nitrato de amônio fossem armazenadas por seis anos em um depósito sem a segurança necessária.

O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, disse em um pronunciamento que o país enfrenta uma catástrofe e declarou luto oficial de um dia. Ele disse também que o governo irá investigar os responsáveis pelo armazém que funcionava no porto da capital desde 2014.

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Apesar de o país já ter sido alvo de terroristas e viver período de instabilidade política, não há evidência ainda de que se trate de um atentado terrorista.

A explosão no porto causou destruição em larga escala e quebrou o vidro de janelas a quilômetros de distância. Alguns barcos que navegavam próximos à costa do Líbano chegaram a ser balançados pela força da explosão. As explosões chegaram a ser ouvidas em Larnaca, no Chipre, a pouco mais de 200 km da costa libanesa.

O chefe de segurança interna do Líbano, Abbas Ibrahim, disse em entrevista a uma rede de televisão que a explosão aconteceu em uma área que armazena materiais altamente explosivos, o nitrato de amônio, mas que não são explosivos em si.

Uma embarcação da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) foi danificada após a explosão no porto. Em um comunicado, os capacetes azuis informaram que alguns membros da missão de paz se feriram e foram transferidos para hospitais do país.

Segundo a Cruz Vermelha, barcos foram mobilizados para resgatar pessoas que foram jogadas ao mar após a explosão. Também segundo a organização humanitária, ainda há gente presa nos escombros e dentro de suas casas.

A emissora libanesa LBCI informou que o hospital Hôtel-Dieu de France, no centro da capital libanesa, atende a mais de 500 feridos. O governo da capital pede que os feridos sejam levados para atendimento em centros de saúde de fora da cidade.

Há operações para retirar as pessoas da região, de acordo com agência oficial, a NNA.

Um fotógrafo da agência norte-americana Associated Press, que trabalha perto do porto de Beirute, contou ver pessoas feridas no chão e uma destruição generalizada no local.