Natal em Natal pode ser cancelado devido à Covid-19

Marina Elali em apresentação no Natal em Natal — Foto: José Aldenir/Agora RN

A prefeitura do Natal ainda não definiu o que será feito do réveillon e do “Natal em Natal” deste ano. No entanto, sem uma imunização pronta conta a Covid-19 e com a necessidade de se manter ações para impedir o contágio, como a manutenção das regras de distanciamento social, os festejos de fim de ano correm sério risco de cancelamento. A tendência é de que capital potiguar siga o exemplo da cidade de São Paulo, que anunciou nesta sexta-feira (17) que não promoverá o réveillon deste ano.

Segundo a Fundação Capitania das Artes (Funcarte), instituição municipal responsável pelas políticas públicas de cultura em Natal, a promoção dos festejos natalinos aguardam decisão do prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB). “Isso ainda não foi posto em pauta. A preocupação do prefeito Álvaro Dias é com a atenção a saúde e assistência social. Não fui convocado para falar sobre o assunto”, disse Dácio Galvão, diretor da Funcarte.

Ainda de acordo com ele, na última semana, houve uma reunião do Natal Convention Bureau – fundação que congrega as principais associações do setor turístico potiguar – para discutir a criação de um possível protocolo para eventos culturais. A ideia era de se iniciar o planejamento para as atividades do fim do ano na capital. “Eu avaliei que era cedo para discutir isso, pois não há uma certeza sobre o que será feito. Não temos como avaliar a situação da epidemia até lá, pois é algo dinâmico”, reforçou.

O temor de Dácio Galvão é com relação aos protocolos sanitários para a segurança do público e das pessoas que trabalham nestes festejos. “Por exemplo, como é que vamos garantir a proteção dos ambulantes?”, indagou.

Em 2019, de acordo com a Prefeitura do Natal, os festejos de fim de ano atraíram público total de 436 mil participantes. O público participante do “Natal em Natal” movimentou mais de R$ 38 milhões ao longo dos quase 50 dias de evento, segundo uma pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Rio Grande do Norte (Fecomércio).

Caso as festas sejam mesmo canceladas, a Funcarte pode discutir um plano de eventos para plataformas virtuais, no formato de transmissões pelas redes sociais e endereço eletrônico da prefeitura. “Poderemos transcodificar as linguagens ao ambiente virtual”, finalizou.