Fátima avalia reunião com Bolsonaro como ‘propositiva’ e cobra sanção imediata de auxílio financeiro a Estados e Municípios

Encontro virtual reuniu governadores, presidente do Senado Federal, presidente da Câmara Federal, ministros e o presidente da República — Foto: Divulgação

Por G1 RN — A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), considerou a reunião dos governadores dos estados do Brasil com o presidente da República Jair Bolsonaro “propostiva”. O encontro virtual aconteceu nesta quinta-feira (21) e também contou com a presença do presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e de ministros.

Segundo a governadora, o presidente Jair Bolsonaro assumiu o compromisso de sancionar o projeto de lei que trata do auxilio federativo aos estados e municípios. “Fizemos um apelo para que essa sanção ao projeto se dê imediatamente e para que esse repasse chegue o mais urgente possível junto aos estados e municípios”, disse Fátima.

Após a reunião, a governadora afirmou que o auxílio “é dever do governo federal”, diante da queda brutal das receitas dos estados em decorrência da pandemia. “Portanto esse auxílio federativo não é para governador A, B ou C, isso é para a população. É preciso que nós tenhamos essa compensação financeira para honrar junto à população as obrigações básicas que cabe aos estados e municípios”, afirmou.

Segundo ela, durante a reunião, não houve consenso em relação ao congelamento salarial de servidores defendido pelo presidente Jair Bolsonaro. “Nesse tema não houve consenso, alguns governadores são contrários, como é o meu caso. Sempre deixei clara essa posição porque considero que isso é uma interferência na autonomia de estados e municípios”.

A reunião

Na abertura do encontro, Jair Bolsonaro afirmou que deve sancionar nesta quinta-feira (21) o projeto de auxílio financeiro a estados e municípios.

Bolsonaro pediu consenso em torno da manutenção dos vetos que pretende fazer ao projeto. Um dos trechos que o presidente já disse que vai vetar permitia reajuste a servidores no período da pandemia. O congelamento era uma contrapartida pedida pelo governo, mas o texto foi modificado no Congresso.

“A cota de sacrifício dos servidores, pela proposta que está aqui, é não ter reajuste até 31 de dezembro do ano que vem”, completou o presidente.

Alcolumbre e Maia reforçaram a importância da ajuda aos estados e pediram união entre o governo federal e os estaduais no combate ao coronavírus.