OMS e líderes mundiais lançam iniciativa para distribuição de testes, tratamentos e vacinas para Covid-19

Diretor-geral da OMS chamou a iniciativa de ‘colaboração histórica’ — Foto: Reprodução/Jornal Nacional

Por Jornal Nacional — A Organização Mundial da Saúde e líderes mundiais lançaram, nesta sexta-feira (24), uma iniciativa global para acelerar o desenvolvimento e a distribuição de testes, tratamentos e vacinas contra a Covid-19.

O chefe da OMS foi claro: “o mundo precisa dessas ferramentas e rápido”. Tedros Adhanom afirmou que a experiência mostra que, mesmo quando existem, elas não estão igualmente disponíveis para todos. E reforçou: “não podemos permitir que isso aconteça”.

Uma colaboração histórica. Foi assim que o diretor-geral da OMS chamou a iniciativa. O lançamento virtual contou com a participação de especialistas e líderes de 11 países, de diferentes continentes. Em comum, o apoio ao papel à organização e uma promessa ousada: não deixar ninguém para trás.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou: “A Covid-19, em algum lugar, é uma ameaça para as pessoas em todos os lugares”.

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, lembrou como o continente africano é extremamente vulnerável.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, quer o equivalente a mais de R$ 45 bilhões para acelerar os trabalhos.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou que a solidariedade e o multilateralismo são a única maneira de avançar. E destacou a importância de produzir testes, tratamentos e vacinas em larga escala e a preços acessíveis.

A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, reforçou o apelo para que a distribuição seja igual no mundo todo.

O presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu mobilizar os países do G7 e do G20 e disse esperar uma reconciliação entre Estados Unidos e China.

Os presidentes dos dois países não participaram da iniciativa. O Brasil também não. O único líder das Américas foi o presidente da Costa Rica; Carlos Alvarado lembrou: “a Covid-19 não diferencia países ricos, de média renda ou pobres. Por isso, a reação precisa ser global”.

O Ministério da Saúde declarou que a iniciativa é importante no cenário internacional, e que o Brasil, embora não tenha sido convidado, ainda participa de outras ações internacionais, como as pesquisas da OMS de eficácia de tratamentos. O Palácio do Planalto também lembrou a participação do Brasil na iniciativa da OMS na área de medicamentos, e afirmou que o Brasil participa de diversos mecanismo e organismos que coordenam ações de resposta à pandemia nos planos nacional e internacional.