Jornalista morta em queda de avião estava com filho de 6 anos e marido que seguem internados

Marcela Elias ( à direita) foi uma das vítimas do acidente que aconteceu em Barra Grande/BA, na quinta-feira (14) — Foto: Reprodução/ Instagram

Por G1 BA — A mulher que morreu na quinta-feira (14) na queda de um jato executivo em Barra Grande, distrito que pertence a Maraú, no baixo sul da Bahia, era jornalista Marcela Brandão Elias, de 37 anos, informou a assessoria do deputado federal licenciado Guilherme Mussi, cunhado da irmã da vítima, que também estava no avião.

Ela era casada com Eduardo Trajano Telles Elias, de 38 anos, que também estava na aeronave e segue internado no Hospital Geral do Estado (HGE) com queimaduras. O filho do casal, também chamado Eduardo, de 6 anos, está na mesma unidade, com ferimentos. Ambos não têm previsão de alta.

O corpo de Marcela, carbonizado após a aeronave pegar fogo, foi levado ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Ilhéus. Até a última atualização desta reportagem, os peritos aguardavam exames solicitados à família da vítima para fazer a identificação oficial por meio da arcada dentária.

Marcela era irmã de Maysa Marques Mussi, casada com Eduardo Mussi. Os dois estavam na aeronave e também estão internados na capital baiana. Eduardo é irmão do deputado federal licenciado Guilherme Mussi. Ele teve queimaduras e está no HGE. Maysa está no Hospital do Subúrbio.

Os outros ocupantes da aeronave são Aires Napoleão, de 66 anos, que pilotava o jato; Christiano Chiaradia Alcoba Rocha, conhecido como Tuka Rocha, de 36 anos, ex-piloto da Stock Car, Fernando Oliveira Silva, de 26 anos, Marcelo Constantino, de 28 anos, e Marrie Cavelan, de 27 anos. Todos estão internados no HGE.

Tuka teve 80% do corpo queimado. Em 2011, o ex-piloto da Stock Car já tinha escapado de um grave acidente, quando o carro que ele pilotava em uma competição pegou fogo, no Rio de Janeiro. Ele conseguiu se jogar do veículo.

O acidente aéreo em Barra Grande é investigado pelo Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa II), a Aeronáutica. Nesta sexta-feira (15), militares do órgão estiveram no local do acidente para coletar dados que possam auxiliar nas investigações que vão apontar as causas da queda. Não há informações se o jato foi retirado do local.

Acidente

Segundo informações da assessoria de comunicação da prefeitura de Maraú, o acidente ocorreu pouco depois das 14h da quinta-feira, em uma pista de pouso em um resort desativado, no distrito de Barra Grande.

A aeronave, um jato executivo, decolou do aeródromo de Jundiaí (SP), às 11h, com destino a Maraú, segundo informações da Voe SP, que administra o terminal, e da Força Aérea Brasileira (FAB).

A Voe SP informou que a aeronave ficava em um hangar e teve a autorização para decolar porque não houve nenhuma comunicação de anormalidade por parte da equipe técnica responsável.

Conforme registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), aeronave, um bimotor Cessna C550 fabricado em 1981, de prefixo PT- LTJ, é do empresário José João Abdalla Filho e está em situação regular.