Prefeituras do RN não têm onde descartar óleo recolhido em praias

Municípios aguardam reunião com órgãos ambientais para decidir destino do produto. Idema orienta coleta e armazenamento — Foto: Cedida.

Por Emmily Virgílio, Inter TV Cabugi — As prefeituras do Rio Grande do Norte estão com dificuldades para limpar as praias e dar a destinação correta às manchas de óleo que surgiram no litoral do estado. O estado tem o maior número de locais atingidos pelas manchas de óleo – 43, até o último levantamento do Ibama.

Os municípios atingidos reclamam que não têm dinheiro nem pessoal para fazer o trabalho de limpeza. O que já conseguiram recolher o material, aguardam orientação para saber como descartar o material.

Em Maxaranguape, a preocupação é também com o turismo. “A gente tem dificuldade de pessoal, de recursos financeiros e é uma atividade bastante complexa que exige uma capacidade técnica para ser realizada”, afirma o secretário de Meio Ambiente do município, Flávio Farias.

Uma reunião entre prefeituras e órgãos ambientais é prevista para esta semana, para discutir soluções para limpeza das praias. Por enquanto, os municípios que não puderem contratar empresas especializadas são orientados a guardar o material, seguindo orientações do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema).

A orientação é que a coleta deve ser feita com rastelo e pás e o óleo colocado em recipientes plásticos. Os municípios também não devem remover o óleo com tratores, porque eles geram outro problema: a erosão.

A Prefeitura de Tibau do Sul, por exemplo, recolheu o material betuminoso das praias do município e acondicionou o material em sacos plásticos, que foram dispostos em bobonas. Porém, até esta quarta-feira (9), elas seguiam armazenadas na garagem da prefeitura.

“Estamos procurando outras alternativas, como a indústria do cimento, para vez a possibilidade de queima desse produto, e conversando com o DER para ver a possibilidade de usar esse óleo no processo de produção de asfalto das nossas estradas”, afirmou o diretor-geral do Idema, Leon Aguiar.