Comissão do Consumidor discute fechamento de hospital e plano de regionalização

Na pauta da reunião não houve deliberação. Duas matérias foram distribuídas para os relatores — Foto: Eduardo Maia.

A Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Interior recebeu em reunião esta manhã (3) o secretário adjunto de Saúde do Estado, médico Petrônio Spinelli, para prestar esclarecimentos sobre o fechamento do hospital de Canguaretama e o programa de regionalização dos atendimentos na área de Saúde, contando com a participação do coordenador do Sindsaúe, Breno Abbot e a médica e sindicalista Sônia Godeiro.

“Nós trouxemos a esta Comissão o secretário adjunto da Saúde do Estado para explicar o fechamento total do hospital de Canguaretama e o fechamento parcial da unidade hospitalar de Santo Antônio, informando também como será a política de regionalização dos hospitais do interior”, disse o presidente da Comissão, deputado Sandro Pimentel (PSOL).

O secretário adjunto da Saúde disse em sua exposição que o hospital de Canguaretama fechou porque estava extremamente deficiente em pessoal e estrutura básica. “A decisão de fechar foi técnica por causa das deficiências”, explicou Spinelli e em seguida falou sobre o projeto da regionalização, que segundo ele vai ser feito com “sustentabilidade, resolutividade e transparência. O Estado tem dificuldades e os municípios também. A questão é qualificar os recursos”, disse o secretário.

O coordenador do Sindsaúde, diante da exposição do representante da Saúde do Estado, discordou da regionalização. “É um erro. É um desmonte que vem acontecendo com o SUS. A saúde do trabalhador está ficando de lado. Os municípios não têm condições de assumir essa responsabilidade. Esse fechamento de hospitais tem que ser discutido de forma regional”, afirmou Breno.

Na mesma linha seguiu Sônia Godeiro sobre o fechamento de hospitais. “Fechar o hospital de Canguaretama foi um crime. Não houve nenhuma reunião com a sociedade. Esvaziaram e sucatearam o hospital para depois fecharem”, disse a médica e sindicalista.

O deputado Ubaldo Fernandes (PL) manifestou sua preocupação com a regionalização. “Os municípios estão preparados para receber esses hospitais? Quanto o Estado vai contribuir nesse modelo de regionalização?” questionou.

A deputada Cristiane Dantas (SDD) registrou que no primeiro quadrimestre o Governo deveria investir 12% dos recursos com a saúde, que é o percentual obrigatório e a aplicação sói atingiu 8,58%.

Na pauta da reunião não houve deliberação. Duas matérias foram distribuídas para os relatores. Ficou definido que na reunião da próxima terça-feira (10) a Comissão vai discutir com dirigentes da CAERN a entrada de capital privado na Companhia.