Bolsonaro diz não saber sobre Queiroz: ‘Responde por seus atos’

O presidente Jair Bolsonaro diz não saber por onde anda Fabrício Queiroz, ex-assessor de deu filho Flávio Bolsonaro — Foto: Sérgio Lima/PODER 360.

Por Poder 360 — O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado (31.ago.2019) não ter notícias sobre o paradeiro ou o estado de saúde de Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho e atual senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ). Segundo ele, Queiroz era “1 cara nota 10” e “responde por seus atos”.

“Eu não sei do Queiroz. Vou repetir, eu conheço o Queiroz desde 1984 (…). Era 1 cara sem problema, nota 10. Apareceu esse problema. Quem responde por ele é ele, não sou eu”, disse a jornalistas na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília.

Reportagem da revista Veja revelou que Queiroz, que não era visto desde janeiro, mora hoje no bairro Morumbi, na zona sul de São Paulo. Segundo o Ministério Público, o ex-assessor fez movimentações suspeitas no valor de R$ 1,2 milhão.

Segundo Bolsonaro, Queiroz prestou depoimento por escrito que “eximiu” seu Flavio. “Não existe telefonema para ele, nada, não sei onde ele está. Parece que a Veja descobriu, como se ele tivesse foragido. E pelo que eu sei ele já prestou depoimento por escrito. O que eu fiquei sabendo também exime meu filho de culpa. Responde pelos atos dele.”

Segundo a reportagem, Queiroz estaria em São Paulo para dar seguimento a 1 tratamento contra câncer no intestino.

Assessor de Flávio enquanto ele era deputado estadual pelo Rio, Queiroz teve as movimentações suspeitas identificadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), que achou os valores incompatíveis com sua renda. A suspeita é de que o ex-assessor recolhia parte dos salários de funcionários e devolvia para o gabinete.

“Vou repetir para vocês: R$ 1 milhão o Queiroz tinha dado para ele. Está bem claro isso. Quem pagou essa conta para a construtora foi a Caixa Econômica Federal, documentado, passa por ele porque a Caixa comprou a dívida dele. E ele, em vez de dever para a construtora, passou a dever para a Caixa. É uma operação normal. Resolveu? Não tem R$ 1 milhão.”

Após cumprimentar apoiadores e falar com a imprensa, Bolsonaro seguiu para o Regimento da cavalaria da Polícia Militar do Distrito Federal, no Riacho Fundo.