Mortos em chacina no RN tinham envolvimento com o tráfico de drogas, diz delegado

Vítimas foram mortas em duas casas vizinhas, na Rua Praia de Touros, em Touros — Foto: Acson Freitas/Inter TV Cabugi

Por Anderson Barbosa, G1 RN — A Polícia Civil já tem definida uma linha principal de investigação para a chacina que vitimou cinco mulheres e um homem na noite desta quarta-feira (21) no município de Touros, no litoral Norte potiguar. Segundo o delegado João Paulo Cabral, “as vítimas tinham envolvimento com o tráfico de drogas”, razão pela qual teria ocorrido “um acerto de contas”.

Ainda de acordo com o delegado, uma das vítimas da chacina, Marise Melo da Costa, de 29 anos, mais conhecida como ‘Ninha’, havia sido presa em fevereiro deste ano juntamente com outras sete pessoas. Foi durante a Operação Aquiles – uma ação de combate ao tráfico de drogas deflagrada pela própria Polícia Civil. Há pouco tempo, no entanto, ela havia deixado o regime fechado e passado para a prisão domiciliar.

“O marido da Marise está preso por tráfico, e temos informações de uma outra irmã dela que é procurada pelo crime de tráfico de drogas. Ou seja, todo o núcleo familiar dela tem, de certo modo, envolvimento com o tráfico de drogas. Assim, a principal suspeita é esta. A principal linha de investigação aponta para o envolvimento das vítimas com o tráfico de drogas”, ressaltou João Paulo.

Além de Marise, também foram mortas uma filha dela, a mãe e uma irmã, além de uma outra mulher e um homem. Este dois últimos sem parentesco. Segundo a polícia, havia pelo menos dez crianças nas duas casas onde as vítimas foram executadas, mas elas não foram feridas.

As vítimas

• Marise Melo da Costa, de 29 anos;

• Francisca de Assis de Melo, de 54 anos (mãe de Marise);

• Manoelle de Assis de Melo Costa, de 15 anos (irmã de Marise);

• Emilly Kaliane Melo da Silva, de 13 anos (filha de Marise);

• Azinete Santos Costa, de 26 anos;

• João Ferreira Inácio Júnior, de 26 anos.

Suspeitos

O delegado João Paulo disse ao G1 que familiares das vítimas já começaram a ser ouvidos. Porém, ele prefere não revelar detalhes dos depoimentos. “Não iremos falar sobre suspeitos neste momento, que é para não atrapalhar as investigações”, acrescentou.