ANAC suspende atividades do Aeroclube de Maceió e interdita 9 aviões

Avião era um monomotor de modelo PA-28-180, prefixo PTKLO, fabricado em 1974 e pertencente ao Aeroclube de Alagoas. Foto: Reprodução/WhatsApp

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) suspendeu as atividades do Aeroclube de Maceió e interditou as novas aeronaves que pertencem ao centro de aviação da capital alagoana. O aeroclube é proprietário do avião monomotor de prefixo PT – KLO que caiu nesta segunda-feira (27) em Sergipe matando o cantor Gabriel Diniz e os pilotos Linaldo Xavier e Abraão Farias.

No comunicado divulgado na noite desta segunda-feira, a Anac apontou indícios de irregularidades na operação da aeronave, que só tinha autorização para realizar voos de treinamento de alunos de pilotagem e não poderia realizar serviço de táxi aéreo. A agência abriu um processo administrativo para apurar o suposto uso da aeronave para o transporte remunerado de passageiros.

“Essa apuração verificará em quais condições estava sendo feito o transporte de passageiro em aeronave de instrução, categoria destinada a voos de treinamento. Após a conclusão da investigação ou mesmo durante o andamento do processo administrativo instaurado, os responsáveis poderão ser multados e ter licenças e certificados cassados”, apontou o comunicado da agência.

Há uma divergência de versões em relação ao contexto da presença do artista no voo. A direção do Aeroclube de Maceió informou que o copiloto e instrutor de voo Linaldo Xavier era amigo de Gabriel Diniz e teria oferecido uma carona ao cantor no trajeto entre Salvador, na Bahia, e Maceió.

No entanto, em entrevista à TV Record, Francisco Diniz, pai do cantor, disse que o avião foi fretado para levar o artista até a Bahia e regressar com ele até a capital alagoana. “Esse avião foi fretado aqui em Alagoas e retornaria para cá novamente. Foi locado. Não era de amigos, não”.