A tragédia do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) deixou ao menos 60 mortos, dos quais 19 foram identificados até a última atualização desta reportagem. Há também uma lista de pessoas desaparecidas e uma lista com pessoas resgatadas vivas.
O G1 divulgou uma lista com os nomes de 19 vítimas já identificadas.
1 – Adriano Caldeira do Amaral
2 – Carlos Roberto Deusdeti
3 – Daniel Muniz Veloso
4 – David Marlon Gomes Santana
5 – Djener Paulo Las-Casas Melo
6 – Eliandro Batista de Passos
7 – Fabrício Henriques da Silva
8 – Flaviano Fialho
9 – Francis Marques da Silva
10 – Jonatas Lima Nascimento
11 – Leonardo Alves Diniz
12 – Marcelle Porto Cangussu
13 – Marcelo Alves de Oliveira
14 – Maurício Lauro de Lemos
15 – Moisés Moreira Sales
16 – Renato Rodrigues Maia
17 – Robson Máximo Gonçalves
18 – Wellington Campos Rodrigues
19 – Willian Jorge Felizardo Alves
Veja detalhes sobre as vítimas
A médica Marcelle Porto Cangussu, 1ª vítima identificada, tinha completado 35 anos no dia anterior à tragédia. Ela trabalhava na Vale desde 2016 não estava escalada para trabalhar na sexta-feira, mas foi chamada de última hora. O corpo de Marcelle foi enterrado neste domingo, em Belo Horizonte.
Jonatas Lima Nascimento era de Congonhas, na Região Central de Minas, tinha 36 anos e trabalhava no setor de carregamento da Vale. A vítima deixa a esposa e dois filhos, uma garota de 11 anos e um menino de 5. Segundo a cunhada Driely Mariely, o corpo foi encontrado no caminhão que Jonatas trabalhava.
“A família está bem abalada, principalmente porque ele estava no IML desde ontem [sexta-feira] e o nome dele ainda estava na lista de desaparecidos neste sábado”. Jonatas deve ser sepultado neste domingo (27).
Leonardo Alves Diniz morava em Sarzedo, na Grande BH, tinha de 33 anos, era casado e pai de um menino de 7 anos. Funcionário da Vale havia mais de 10 anos, como técnico em manutenção. Ele estava de folga e foi convocado para o plantão. O corpo dele foi enterrado no domingo, no Cemitério Bom Jardim, em Mário Campos.
Willian Jorge Felizardo Alves tinha de 36 anos. Parentes postaram nas redes sociais que o enterro dele foi no domingo, no Cemitério da Paz. Ele trabalhava na barragem da Vale.
Wellington Campos Rodrigues tinha 53 anos e era analista de sistemas, como terceirizado da Vale. Deixou três filhas, de 13, 20 e 25 anos. Segundo o irmão informou ao G1, ele identificado por meio de impressão digital. Nas redes sociais, uma das filhas postou: “Vá em paz, pai!!! O Senhor já te aguarda!!”.
Adriano Caldeira do Amaral era casado e tinha dois filhos. A mulher dele, Ana Flavia Silva, fez um post emocionado de despedida.
“Meu amor, lembra da gente ainda bem jovem, eu e você, tantos sonhos, tantos planos. Começamos juntos de mãos dadas, descobrimos o mundo juntos, eu e você. Nos casamos, você preparou tudo, a nossa casa, nossa!!! E quando veio o nosso primeiro filho, Davi , o nosso presente de Deus… e que presente!!! Gostamos tanto que veio a Lis, nossa princesa. Nosso amor se multiplicou” escreveu a mulher.
Daniel Muniz Veloso, de 29 anos, nasceu e cresceu em Coração de Jesus, no Norte de Minas, e trabalhava em uma empresa terceirizada que presta serviço para a Vale. A mulher de Daniel está grávida de oito meses do primeiro filho do casal. Em entrevista ao G1, antes da confirmação da morte, Deiviane Muniz Veloso diz que o irmão temia que um acidente acontecesse. Segundo a família, Daniel aguardava o nascimento de Artur para pedir a transferência.
Renato Rodrigues Maia era técnico de segurança na Vale. O enterro foi realizado nesta segunda-feira. Patricia Rodrigues Maia, irmã dele Renato, diz que, além da dor da perda do irmão, outro parente está desaparecido. “A sensação é péssima, horrível. É um ente querido que não volta mais. O cunhado da minha irmã também desapareceu”, lamentou ela.
Djener Paulo Las-Casas Melo, de 31 anos, morava em Brumadinho e trabalhou na Vale nos últimos dois anos como operador de máquinhas. Após 13 anos de namoro, estava de casamento marcado para junto de 2019.
Ao G1, a noiva Djener, que não quis se identificar, disse que, apesar de tímido, ele era carinhoso e ligado à família que mora em Brumadinho. “Estava tudo acertado para casamos agora em junho. Ele era maravilhoso, sempre solícito e cuidadoso comigo, com a família e com os amigos. Não tem explicação a falta que ele vai fazer nas nossas vida”, completou a noiva.
Maurício Lauro Lemos era casado e tinha um filho. Nas redes sociais, o irmão escreveu: “Irmão, pai, esposo dedicado à família”. Outra mensagem diz: “Vida inteira em função de sua família e que teve um fim tão trágico para um ser humano digno. Infelizmente para familiares e amigos que terão que assistir a um enterro de caixão fechado, sem o direito de se despedir com a mínima dignidade”.
Francis Marques da Silva era técnico em manutenção em uma empresa terceirizada da Vale. Era casado e tinha uma filha de 4 anos.
*Esta reportagem será atualizada assim que mais nomes foram confirmados.