A Justiça Eleitoral recomendou a desaprovação das contas de Janaina Paschoal (PSL), a deputada estadual mais votada da história de São Paulo. De acordo com análise técnica da Seção de Contas Eleitorais, a advogada que embasou o pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) não entregou “relatórios financeiros no prazo”.
Como cita o ‘UOL’, com informações do parecer judicial, Janaina arrecadou R$ 18,5 mil e não enviou os relatórios financeiros desse valor. Por esse motivo, o relatório aponta “inconsistência grave que caracteriza omissão de informação tempestiva que obsta o controle concomitante de regularidade das contas pela Justiça Eleitoral, bem como o controle social, podendo repercutir na regularidade das contas finais”.
A prestação de contas ainda tem outros erros, como a ausência de documentos sobre serviços prestados por duas pessoas, no valor total de R$ 4 mil.
De acordo com informações disponíveis no site da Justiça Eleitoral, a campanha da deputada eleita recebeu um total de R$ 65,1 mil, sendo R$ 58,5 mil de recursos próprios e R$ 6,6 mil em doação do PRTB, partido do vice-presidente eleito, Hamilton Mourão.
O advogado de Janaina, Cristiano Vilela, informou ao site que a deputada vai reenviar a prestação de contas à Justiça. Ele nega irregularidades. “Com todo respeito ao setor técnico, pela experiência nossa é relativamente comum passar alguma coisa em branco nas prestações de contas, mas em situações como essas nos manifestamos e juntamos a documentação para esclarecer. Com certeza o relator, quando receber o processo, perceberá que os documentos estavam em dia”, acredita Vilela.
Janaina Paschoal foi eleita deputada estadual por São Paulo com 2 milhões de votos. Ela já disse anteriormente em entrevista que pretende disputar a Presidência da Casa e almeja ser a líder do partido de maior bancada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).